RDBU| Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos

As ocupações secundaristas como exercício prático de democracia e seus tensionamentos às políticas educacionais no Rio Grande do Sul

Mostrar registro simples

Autor Alves, Aline Aparecida Martini;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/1928115253634637;
Orientador Silva, Rodrigo Manoel Dias da;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/9524885475616516;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola de Humanidades;
Idioma pt_BR;
Título As ocupações secundaristas como exercício prático de democracia e seus tensionamentos às políticas educacionais no Rio Grande do Sul;
Resumo As ocupações secundaristas de 2016, no Rio Grande do Sul, foram um movimento social de resistência dos estudantes do ensino médio às políticas educacionais neoliberais do governo estadual, as quais precarizavam a escola pública, de modo a diminuir a sua qualidade. A fim de compreender os tensionamentos e questionamentos promovidos/provocados pelo movimento social e estudantil nesse cenário, utilizamo-nos do referencial teórico crítico, em que o materialismo histórico e dialético sintetizam a materialização histórica da sociedade (e, nesse caso, das políticas educacionais) na realidade objetiva das pessoas envolvidas no processo educacional. Assim, observa-se o movimento do real, além de relacionar as tensões, enfrentamentos e desafios provocados pelas ocupações das escolas públicas nas políticas educacionais na REE/RS. Para tanto, referenciamo-nos em Saviani, Cury, Paro, dentre outros. Também nos servimos da perspectiva pós-crítica, ao observarmos que, além das mudanças objetivas promovidas, o movimento estudantil reverberou ressignificações subjetivas nos sujeitos. Para referenciar essa perspectiva, os autores que serviram de base foram, especialmente, Groppo, Martuccelli, Dubet, Laval e Dardot e Laval e Vergne. A partir das entrevistas semiestruturadas, com quinze participantes do movimento estudantil que tiveram destaque nas escolas da região metropolitana de Porto Alegre, pudemos constatar que as políticas educacionais incidiram na vida dos jovens partícipes das ocupações secundaristas, à medida que, a partir da crítica à forma pelas quais elas foram materializadas, o movimento social se constituiu e favoreceu a formação política, a percepção da realidade e as concepções de mundo dos envolvidos, isto é, foram ensejadas práticas democráticas. Diante do exposto, é possível defender a tese de que as ocupações secundaristas, como exercício prático de democracia, questionaram as políticas educacionais neoliberais e produziram respostas a essas políticas, de modo a tensionar a gestão escolar. Além disso, elas foram um movimento pessoal e coletivo de formação política inédito, marcante e efervescente, que incidiu nos significados atribuídos à democracia e nas biografias dos jovens participantes do movimento estudantil de 2016 no Rio Grande do Sul.;
Abstract In 2016, high school students from Rio Grande do Sul occupied their schools as a way of opposing the neoliberal educational policies of the state government, which made public schools precarious and compromised their quality. In order to understand the tensions and questions raised by this scenario, we use a critical theoretical framework, in which historical and dialectical materialism synthesize the historical materialization of society (and, in this case, of educational policies) in the objective reality of the people involved in the educational process. Thus, this paper observes the movement of reality, besides connecting the tensions, confrontations and challenges of the occupied high schools to the educational policies of the State Education Network of Rio Grande do Sul (REE/RS). To that end, we reference Saviani, Cury, and Paro, among others. We also use the post-critical perspective by observing that not only the occupied schools brought objective changes, but also that the student movement reverberated subjective resignifications in the subjects themselves. To address this perspective, we reference mostly Groppo, Martuccelli, Dubet, Laval and Dardot, and Laval and Vergne. After semi-structured interviews with fifteen occupying students from high schools in the Porto Alegre metropolitan area, we were able to verify that the educational policies had an impact on the lives of the young occupiers, as, based on criticism of the way in which the schools were occupied, the social movement was constituted and favored the political formation, the perception of reality, and the world view of those involved, encouraging democratic practices. That being said, it is possible to argue that the occupied high schools as a practical exercise of democracy questioned neoliberal educational policies and answered to these policies, putting pressure on school management. Besides, the occupied schools were an unprecedented personal and collective movement of political formation, striking and effervescent, which reflected on the meanings attributed to democracy and on the lives of the young participants in the student movement of 2016 in Rio Grande do Sul.;
Palavras-chave Estado; Políticas educacionais; Juventude; Ensino Médio; Ocupações secundaristas; State; Educational policies; Youth; High school; Occupied High Schools;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Humanas::Educação;
Tipo Tese;
Data de defesa 2024-03-15;
Agência de fomento CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13177;
Programa Programa de Pós-Graduação em Educação;


Arquivos deste item

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples

Buscar

Busca avançada

Navegar

Minha conta

Estatística