Resumo:
Pensando as relações dos jovens com a escola e na sociabilidade entre eles(as) nesse espaço de socialização, além das ideias sobre identidades e memórias, foi que a perspectiva da juventude como um problema sociológico começou a ser pensada e estudada por mim. Pesquisamos na instituição escola o processo de socialização e experiências dos sujeitos jovens de bairros periféricos da cidade, e qual a sua mediação na construção de identidades a partir das relações estabelecidas nesse espaço e dos projetos culturais que sejam desenvolvidos, ou não. Nesse sentido, nosso objetivo geral foi investigar as sociabilidades juvenis em escolas de periferia da parte baixa da cidade de Maceió/AL. Buscamos o entendimento do que pensa a juventude sobre a juventude. Como os jovens veem a instituição escola e qual seu significado para suas vidas. Como estão construindo seus processos identitários. O presente estudo é relevante, pois contribui com o conhecimento acerca das sociabilidades, identidades e projetos individuais e culturais, adotando a categoria “lugar de memória” como suporte para a formação e construção de uma memória coletiva e individual. O objetivo da pesquisa não foi realizar um desenho abrangente do ser jovem em Alagoas, mas focalizar no eixo central da análise proposta: a sociabilidade juvenil numa escola da periferia da parte baixa da cidade de Maceió e saber o que pensam esses sujeitos acerca da escola como suporte e aporte para seus projetos de futuro e como um “lugar de memória”. A juventude antes era vista como algo de que, no final da vida escolar, a pessoa acabava se livrando, como um estágio temporário num movimento para a fase adulta. Essa passagem ordeira de outrora passou a ser agora carregada de incertezas.