Resumo:
No presente estudo analisou-se a elaboração e implementação de um programa estadual de fomento à extensão universitária, o Programa Universidade Sem Fronteiras – USF, examinando sua estrutura interna do ponto de vista das relações lógicas entre seus objetivos, programas e meios despendidos. O USF teve o propósito de descentralizar o desenvolvimento econômico e social, em função da necessidade de reduzir as desigualdades sociais apresentadas no estado, sendo suas ações executadas mediante projetos de extensão universitária. A análise teve suporte na metodologia do Modelo Lógico, parte da Teoria do Programa, um mecanismo analítico proposto como auxiliar para a elaboração de políticas públicas, nos aspectos relativos à avaliação, análise de informações ou no diagnóstico dos resultados. Os dados foram levantados em consulta documental e em entrevistas com agentes envolvidos no USF desde sua proposição até o momento atual. Os resultados obtidos na pesquisa demonstraram que o USF apoiou e fomentou aproximadamente 1000 projetos, promovendo a movimentação de 8.500 estudantes de graduação e chegando com suas ações a aproximadamente 85% (360 dos 399) munícipios do Estado do Paraná. Indicaram, porém que, apesar do USF ser
caracterizado como uma política pública, apresentou limitações na sua capacidade de interferência de forma profunda e assertiva na realidade social do Paraná. Um dos aspectos críticos observados durante as análises, à luz da Teoria do Programa, foi a inexistência da construção de indicadores específicos para avaliação das ações efetuadas pelo USF.