Autor |
Haack, Marina Camilo; |
Lattes do autor |
http://lattes.cnpq.br/2533708228610045; |
Orientador |
Moreira, Paulo Roberto Staudt; |
Lattes do orientador |
http://lattes.cnpq.br/7416066730700319; |
Instituição |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos; |
Sigla da instituição |
Unisinos; |
País da instituição |
Brasil; |
Instituto/Departamento |
Escola de Humanidades; |
Idioma |
pt_BR; |
Título |
Sobre silhuetas negras: experiências e agências de mulheres escravizadas (Cachoeira do Sul, c. 1850 - 1888); |
Resumo |
Este trabalho visa explorar e compreender as experiências de mulheres escravizadas, tendo como lócus Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul, em meados do século XIX. Para buscar as vivências, agências e resistências de mulheres que viveram a escravidão, focamos em três esferas de suas vidas: o trabalho, a maternidade e a família, e os relacionamentos sexo-afetivos. Para tal objetivo utilizamos como metodologia a micro-história, o aporte teórico da interseccionalidade e o conceito de experiência de E. P. Thompson. Nossas principais fontes foram os processos criminais, integrando outros documentos, tais como registros paroquiais, alforrias, processos de tutela e inventários, que foram possíveis de encontrar no cruzamento de dados. No primeiro capítulo ao abordar a experiência do trabalho na vida das mulheres escravizadas trouxemos: a percepção de uma Cachoeira do Sul feminina e pluriétnica; os dados e discussões em torno da alforria em uma abordagem interseccional; a importância de pensar a escravidão e a liberdade não como limites estanques, mas em interação; as formas de autonomia que podiam ser conquistadas na escravidão e as perspectivas que determinadas ocupações podiam dar na experiência enquanto escravizadas e libertas. No segundo capítulo, cuja abordagem é a maternidade negra, conseguimos acompanhar a luta empregada por mulheres na proteção de seus filhos e, na tentativa de proteger as autonomias conquistadas para si e para os seus, problematizamos, também, como aquelas mulheres viviam o lugar de escravizadas e protetoras de seus filhos. No último capítulo buscamos entender como os relacionamentos sexo-afetivos se davam entre pessoas que dividiam a mesma condição jurídica e de raça, mas não a de gênero, que tipo de relacionamentos buscavam ter, quais as expectativas femininas e como podiam dialogar com os estereótipos de raça e gênero do período, e como se davam as masculinidades negras entre homens escravizados.; |
Abstract |
The aim of this paper is to explore and comprehend enslaved women experiences, choosing as its locus Cachoeira do Sul in Rio Grande do Sul, during the 19th century. In order to search for the experiences, agencies and resistances of women that lived slavery, we have focused on three spheres of their lives: work, motherhood and sexual-affective relationships. Therefore, micro-history has been used as a methodology, intersectionality as the theoretical support and E. P. Thompson’s concept of experience. Our main sources were the criminal cases, integrated with other documents such as parish records, manumissions, guardianship processes and inventories, that became possible to find due to data crossing. In the first chapter, when approaching the work experience in enslaved women’s lives, we brought: the perception of a female and multi-ethnic Cachoeira do Sul; data and discussions around manumission in an intersectional approach; the importance of thinking slavery and freedom not in stiff lines, but in their interaction; the forms of autonomy that could be conquered in slavery and which implications certain occupations had on the captive experience of those women. In the second chapter, which covers black motherhood, we could follow the struggle waged by some women in the protection of their children and in the attempts of protecting the autonomies they had conquered for themselves and their peers. We have also problematized how those women lived their enslaved lives and as protectors of their children. In the last chapter we seek to understand how the sexual-affective relationships were experienced between subjects who had the same juridical and race condition, but not gender: what kind of relationships were they searching, what were the female expectations and how could they dialogue with the race and gender stereotypes of the period, and how did black manhood were experienced between enslaved men.; |
Palavras-chave |
Mulheres escravizadas; Interseccionalidade; Trabalho; Maternidade; Relacionamentos sexo-afetivos; Enslaved women; Intersectionality; Work; Motherhood; Sexual-affective relationships; |
Área(s) do conhecimento |
ACCNPQ::Ciências Humanas::História; |
Tipo |
Dissertação; |
Data de defesa |
2019-06-12; |
Agência de fomento |
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior; |
Direitos de acesso |
openAccess; |
URI |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9001; |
Programa |
Programa de Pós-Graduação em História; |