Resumo:
Como os traços marcantes de uma universidade, tais como universalidade, comunidade, estrutura e relações de poder e autonomia foram urdidos para que a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) se desincumbisse de suas finalidades de formar profissionais técnicos e científicos, dinamizar a produção científica e a renovação do conhecimento humano, promover a participação da comunidade nas atividades de cultura, ensino e pesquisa e organizar a interiorização do ensino superior em vista do desenvolvimento do Maranhão? Esse foi o problema científico que orientou as ações de pesquisa em vista da elaboração de uma história da UEMA, utilizando como referencial teórico, principalmente, os conceitos de campo, habitus e capital, de Pierre Bourdieu. O uso de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e história oral constituiu a metodologia que possibilitou a construção desta tese compreendendo os tópicos 1 Introdução, 2 Alicerces da construção, 3 Caminho de acesso, 4 Gênese e gestação da UEMA (1966-1981), 5 Institucionalização e consolidação da UEMA (1981-1994). Concluiu-se que o contexto sócio-econômico-político-cultural do Maranhão condicionou a gênese e o desenvolvimento da UEMA e que esta muito contribuiu para viabilizar o desenvolvimento do Maranhão, fundamentalmente na formação de recursos humanos demandados no campo e na cidade, nas administrações, indústrias, na agropecuária e, principalmente, no magistério escolar. E o desenvolvimento da UEMA em nada fica a dever à maioria das universidades brasileiras que foram criadas desde 1920, pois teve origem nas escolas e faculdades isoladas, as quais depois foram federadas e, enfim, constituída a universidade. Mas a relação da UEMA com o Estado houve tentativas de sua extinção, porém esses momentos de crise fizeram firmar os traços de comunidade e autonomia universitária.