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A fronteira negociada: índios e espanhóis nos confins meridionais do império (século XVIII)

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Autor Silva, Juliana Aparecida Camilo da;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/4438304717745672;
Orientador Martins, Maria Cristina Bohn;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/5651326902924392;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola de Humanidades;
Idioma pt_BR;
Título A fronteira negociada: índios e espanhóis nos confins meridionais do império (século XVIII);
Resumo Este trabalho busca compreender as relações que se estabeleceram entre os índios da Pampa sul bonaerense e os “espanhóis” em meados do século XVIII. Os índios “pampas e serranos” se encontravam fora da jurisdição das autoridades de Buenos Aires, mas os séculos de contato anteriores com os ocidentais, bem como com os grupos “transcordilheiranos”, haviam transformado a pauta cultural, social e econômica destes nativos. O Rio Salado tinha se constituído, neste período, em uma fronteira natural entre estes indígenas e os ocidentais de Buenos Aires e suas hinterlands. Em 1740, as relações que eram relativamente pacíficas entre esses dois mundos, mudaram radicalmente. Os criollos passaram a buscar expandir suas propriedades nesta “tierra adentro”. Para viabilizar tal expansão, eles utilizaram diferentes políticas com as populações indígenas da área, como as missões, os tratados e a militarização da fronteira. Assim, ao analisar este microcosmo do império espanhol procuramos apreender como os índios se posicionaram diante da conjuntura assim aberta, principalmente com relação às três reduções implantadas pelos jesuítas na área. Essas missões são consideradas aqui como parte de uma realidade maior, que é a da fronteira. Para a construção da narrativa que comporá este trabalho, acompanharemos a trajetória de um cacique serrano, “Cangapol”, também conhecido pelos espanhóis como o “Bravo”, que foi protagonista de importantes eventos neste espaço nos Setecentos. O cacique “Bravo” aparece como um dos agentes motivadores para a constituição das reduções, assim como, após o estabelecimento das mesmas, ele surge novamente impondo condições para que elas se mantenham e, finalmente, seus ataques acabam destruindo os pueblos. Através deste personagem, que nos servirá de argumento narrativo, examinaremos este panorama fronteiriço de forma a pensar os índios como sujeitos históricos deste processo. A metodologia para este trabalho será de leitura da literatura de referência e da pesquisa em fontes primárias. Elas serão analisadas a partir de aportes teóricos atuais que sugerem a pertinência de darmos relevância à agência indígena.;
Abstract This work proposes to understand the relationships that native groups from the southern Pampa bonaerense and the "Spanish" stablished during the Eighteenth century. The natives groups called "pampas" and "serranos" were outside the jurisdiction of the Buenos Ayres' authorities, but centuries of previous contacts with westerners, as well as with groups "transcodilleranos", had already transformed the cultural, social and economical agenda of those natives. The Salado River was turned into a natural border, on that period, between the natives and the westerners from Buenos Ayres and its hinterlands. In 1740, the so far pacific relationships between those two worlds changed radically. The criollos started to expand their properties in the tierra adientro. In order to make such expasion feasible, they used different policies towards the native population of the area, such as Jesuit missions, treaties and the militarization of the border. Thus, by analyzing this microcosmos inside the Spanish empire, we intend to uncover how the natives positioned themselves in face of such an open conjuncture, especially regarding the three Missions settled by the Jesuits in the area. These missions are considered here as part of a wider reality, which is the border's reality. To build the narrative that will structure this work, we will follow the trajectory of a serrano chief, "Cangapol", also known by the Spanish as "Bravo", who was a leading figure in important events that took place on that space during the Eighteenth century. The chief "Bravo" appears as one of the agents that motivated the constitution of the reductions, and on the other hand, after they are already settled, he once again becomes a leading character, now having the role of making demands, until, eventually, his attacks ended up destroying the pueblos. It is through this character - that shall work as our narrative point - that we will examine this border panorama in order to think of the natives as historical subjects of this process. The metodology for this work is going to be the reading of the reference literature and the research of primary sources. They will be analyzed using theoretical contributions that suggest the relevance of giving importance to the native agency.;
Palavras-chave Agência indígena; Fronteira; Missões autrais; Border; Native agency; Cangapol; Southern missions;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Humanas::História;
Tipo Dissertação;
Data de defesa 2016-04-13;
Agência de fomento CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/5942;
Programa Programa de Pós-Graduação em História;


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