Resumo:
A presente tese buscou problematizar as condições para a emergência da Educação Especial e as ênfases nas práticas percebidas ao longo dos anos no contexto da Rede Municipal de Ensino de Novo Hamburgo e na Revista do Ensino do Rio Grande do Sul, no período de 1950 a 2007. Tal empreendimento permitiu analisar a Educação Especial como uma modalidade da Educação Escolar que, ao governar os sujeitos posicionados nessa modalidade, diretamente e indiretamente com a inclusão, governa todos. Também foi possível problematizar a norma como articuladora desses processos de normalização, que, no contexto da biopolítica, são operados por tecnologias de regulamentação da população posicionada na Educação Especial. Esse movimento possibilitou questionar as políticas de inclusão escolar que, na articulação com as práticas, colocam em funcionamento mecanismos necessários para assegurar a normalização de crianças e jovens. A abordagem da pesquisa aproxima-se da perspectiva pós-estruturalista e utiliza os conceitos foucaultiano