Resumo:
O presente trabalho estuda a dinâmica do processo escolar entre imigrantes e seus descendentes, estabelecidos a partir de 1875 nas antigas colônias Dona Isabel, Conde d’Eu e Caxias - a Região Colonial Italiana do Rio Grande do Sul. Busca, como eixo principal de investigação, compreender a importância e o sentido atribuído pelos imigrantes à escola. Traz à lume as ações de famílias, comunidades, agentes consulares, associações de mútuo socorro, sacerdotes seculares, congregações religiosas, intendentes e demais autoridades públicas que, marcados por intensas relações de poder, atuaram em prol da escolarização. Vislumbrou-se que as iniciativas deram-se em três modalidades principais: as escolas étnico-comunitárias, também nominadas escolas italianas. Na zona urbana, mantidas pelas associações de mútuo socorro, foram providas de livros e, em alguns períodos, de professores enviados pelo governo italiano. Foram propagadoras do sentimento de italianitá. Já àquelas da zona rural foram iniciativas das próprias famíl