Resumo:
A tese analisa a Revista Nova Escola, no período de 1997 a 2005, entendendo-a como um dispositivo de formação de professores articulado a políticas educacionais, em especial aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Inscreve-se no terreno das discussões que examinam relações de poder e produção de significados para as práticas docentes de professores e professoras de Matemática dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Para tal, busca identificar possíveis marcas que identifiquem o periódico como objeto cultural, instaurador de determinadas posturas político-pedagógicas entre o professorado brasileiro. Considerando o periódico em sua materialidade impressa, bem como na modalidade digital, perfazendo um total de aproximadamente onze mil páginas, é possível configurar um conjunto de regularidades, definindo um determinado modo de pensar e ensinar matemática. Nesta linha de análise, percebe-se a obediência a regras discursivas, entre as quais se destaca a concepção de atraso, ou de dificuldade no ensino e na aprendi