Autor |
Alves, Mauricio Silva; |
Lattes do autor |
http://lattes.cnpq.br/9596303648311435; |
Orientador |
Salvatore, Nicola Claudio; |
Lattes do orientador |
http://lattes.cnpq.br/5723432200539223; |
Instituição |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos; |
Sigla da instituição |
Unisinos; |
País da instituição |
Brasil; |
Instituto/Departamento |
Escola de Humanidades; |
Idioma |
pt_BR; |
Título |
Ludwig Wittgenstein: a religião que dá sentido à vida; |
Resumo |
O desenvolvimento da pesquisa doutoral intitulada: “Ludwig Wittgenstein: A Religião
que dá sentido à vida” teve como objetivo a tentativa de dissolver o problema do
evidencialismo e suas repercussões da Filosofia da Religião contemporânea. Perpassamos pelo princípio de Clifford, que é conhecido como uma crítica à justificação da crença religiosa. Mesmo sem fazer referência direta, o texto de Clifford está repleto de alusões bíblicas e, segundo Hick (1983), tem sido um lastro para a chamada Filosofia Analítica da Religião. Assim, entram, nesta pesquisa, a consideração a respeito do uso específico dos termos nos enunciados religiosos e das relações lógicas entre as asserções religiosas, e entre estas e outros tipos de asserções; da legitimidade de interpretá-las como factuais ou, pelo contrário, da possibilidade de reinterpretá-las como puramente expressões de atitudes místicas, estéticas ou morais. A avaliação dos limites e da própria complexidade da forma de vida na qual os conceitos de crença religiosa e sentido da vida encontram sua aplicação. Nesse viés, a metodologia utilizada nesta investigação teve o enfoque bibliográfico. No primeiro capítulo, procuramos mostrar que, na dinamicidade da filosofia analítica, há possibilidade de se poder falar de uma filosofia analítica da religião e, nesta seara, referir-se à tendência filosófica de Wittgenstein, na qual podemos localizar as nuances do seu pensamento religioso em cada uma das fases
do seu desenvolvimento filosófico e de seu complexo relacionamento com uma
epistemologia da religião. No capítulo dois, o objetivo foi apresentar a concepção de
religião pós-Tractatus, por meio da demonstração de como as ideias do Wittgenstein
foram desenvolvidas pelos comentadores: Micheletti (1972; 2007;2002), Child (2011;
2013) D.Z. Phillips (1970; 1976; 1981; 1993; 1995. 2001; 2006; 2013), Nielsen (1967;
2001; 2005), Duncan Pritchard (2012;2016;2017; 2018) que defendeu um "fideísmo
moderado" inspirado em Wittgenstein. No capítulo terceiro, desta tese, objetivamos
especificar como o conceito de “crenças religiosas”, em Wittgenstein, pode deslocar
os sujeitos da linguagem do polo de suas certezas epistemológicas para uma fundamentação do sentido da vida. A fim de ver por que, no entanto, há outra peça do
quebra-cabeça que precisamos colocar em prática, sobre a natureza de nossas crenças religiosas. Nesta senda, enveredamos no quarto capítulo para a fundamentação da concepção de vida vivida sub specie aeterni, Wittgenstein aponta para o homem que pode, até mesmo, sentir o sofrimento, a angústia da vida, mas o desejo de eternidade não pode ser explicado por nenhuma teoria. Dessa forma, a pesquisa apontou para as limitações dos discursos da teologia, da ciência e da própria filosofia para fundamentação do discurso religioso. Mas, qual seria o fundamento filosófico para pensarmos a espiritualidade laica e dissolver o problema do evidencialismo? Abordamos da seguinte maneira: a resposta de Wittgenstein é que seria a Boa Vida, a vida feliz, a saber: a vida vivida sub specie aeterni. Quando mencionamos a expressão: Vida vivida sob a perspectiva specie aeterni, indicamos que a vida deve ser vivida com aceitação da nossa existência, ou seja, viver de acordo com a facticidade do mundo. Wittgenstein no Tractatus afirma: “A intuição do mundo sub specie aeterni é sua intuição como totalidade – limitada” (TLP, 6.45). Mais adiante ele aponta: “O sentido do mundo deve estar fora dele.”; |
Abstract |
The development of the doctoral research entitled: "Ludwig Wittgenstein: The Religion that gives meaning to life" aimed to try to dissolve the problem of evidentialism and its repercussions on the contemporary philosophy of religion. Clifford's principle is known as a critique of the justification of religious belief. Even without making direct reference, Clifford's text is full of biblical allusions, and according to Hick 1983 has been a ballast for the so-called Analytic Philosophy of Religion. This research includes consideration of the specific use of terms in religious statements and the logical relations between religious assertions and between these and other types of assertions; the legitimacy of interpreting them as factual or, on the contrary, the possibility of reinterpreting them as purely expressions of mystical, aesthetic or moral attitudes. The evaluation of the limits and the very complexity of the way of life in which the concepts of religious belief and meaning of life find their application. The methodology used in this research had a bibliographic focus. In the first chapter we try to show that in the dynamics of analytic philosophy, there is the possibility of being able to speak of an analytic philosophy of religion and, in this field, to refer to Wittgenstein's philosophical tendency where we can locate the nuances of his religious thought in each of the phases of his philosophical development and his complex
relationship with an epistemology of religion. In chapter two, our aim was to present
the post-Tractatus conception of religion through the demonstration of how Wittgenstein's ideas were developed by the commentators: Micheletti (1972; 2007;2002), Child (2011; 2013) D.Z. Phillips (1970; 1976; 1981; 1993; 1995. 2001; 2006; 2013), Nielsen (1967; 2001; 2005), Duncan Pritchard (2012;2016;2017; 2018) who defended a "moderat fideism" inspired by Wittgenstein. In the third chapter of this thesis, we aim to specify how Wittgenstein's concept of "religious beliefs" can shift the subjects of language from the pole of their epistemological certainties to a grounding of the meaning of life. In order to see why, however, there is another piece of the puzzle that we need to put in place, about the nature of our religious beliefs. On this path, we embark in the fourth chapter on the foundation of the conception of life lived sub specie aeterni, Wittgenstein points to the man who can even feel the suffering, the anguish of life, but the desire for eternity cannot be explained by any theory. The research pointed to the limitations of the discourses of theology, science and philosophy itself for the foundation of religious discourse. But what would be the philosophical basis for thinking about secular spirituality and dissolving the problem of evidentialism? Wittgenstein's answer is that it would be the Good Life, the happy life, namely: the life lived sub specie aeterni. When we mention the expression: Life lived from the perspective specie aeterni, we indicate that life must be lived with acceptance of our existence, that is, to live according to the facticity of the world. Wittgenstein in the Tractatus states: "The intuition of the world sub specie aeterni is its intuition as totality – limited" (TLP, 6.45). Further on he points out: "The sense of the world must be outside of it."; |
Palavras-chave |
Evidencialismo; Crença; Hinges; Religião; Sentido da vida; Evidentialism; Belief; Religion; Meaning of life; |
Área(s) do conhecimento |
ACCNPQ::Ciências Humanas::Filosofia; |
Tipo |
Tese; |
Data de defesa |
2024-08-29; |
Agência de fomento |
Nenhuma; |
Direitos de acesso |
openAccess; |
URI |
http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13456; |
Programa |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia; |