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Gênero e colonialidade: feminicídio e masculinidades na América Latina

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Autor Dominguez Aguirre, Kathleen Kate;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/1186284529513203;
Orientador Lopez, Laura Cecília;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/0621367687187866;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola de Humanidades;
Idioma pt_BR;
Título Gênero e colonialidade: feminicídio e masculinidades na América Latina;
Resumo Há cerca de 30 anos a experiência moderna/colonial da América Latina e região do Caribe vem sendo marcada por uma crescente de violências letais contra pessoas do gênero feminino. A este fenômeno denomina-se feminicídio, compreendido aqui como o assassinato de mulheres cis, trans e travestis, cometido por razões de gênero refletindo as estruturas de Estado na América Latina numa interação entre economia, política, gênero e raça. A partir deste cenário, apresenta-se uma pesquisa de abordagem qualitativa etnográfica que analisa feminicídio articulando conexões do nível local ao global a partir da experiência de sujeitos em situação de violência de gênero, mais especificamente que envolvam homicídio ou tentativa de homicídio de mulheres cis, trans e travestis por razões de gênero, no município de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil. A tese caracteriza feminicídio como mecanismo de controle e terror dos Estados inseridos na lógica do mercado mundial e do capitalismo desenfreado. Para tanto, teoriza-se feminicídio a partir de conceitos como modernidade/colonialidade, interseccionalidade, gênero/masculinidades, raça/branquitude, neoliberalismo e necropolítica, baseando-se na produção de intelectuais predominantemente situados/as nas Teorias do Sul Global. É proposto o constructo teórico de um continnum de violência patriarcal moderno-colonial, para conceituar um esquema lógico de conexão entre o ciclo de violência contra o gênero feminino a nível interpessoal, institucional e a reprodução histórica/global de um continnum de violência patriarcal de origem colonial que alcança seu pico na etapa neoliberal, colecionando mortes sistemáticas de mulheres cis, trans e travestis na América Latina. Sendo este um tópico de pesquisa delicado e angustiante, debatem-se também implicações e procedimentos éticos para pesquisadoras e participantes, buscando procedimentos éticos e metodológicos que prezem pela segurança e minimização de danos, assim como promovam benefícios a todos/as participantes. Neste sentido, lança-se mão de técnicas de produção de dados qualitativos como observação participante, entrevistas, diários solicitados e autoetnografia. A partir das narrativas de mulheres cis e trans com experiência ou em situação de violência de gênero, aborda-se o tema desde dinâmicas interpessoais e em relação aos serviços estatais de enfrentamento à violência contra mulheres. Sob a perspectiva de que o sistema moderno-colonial de gênero produz agentes da morte entre os homens colonizados busca-se ainda evidenciar a impessoalidade violenta dos crimes de feminicídio que transcende a pessoalidade jurídica do ato e referenciar no campo etnográfico masculinidades contrastantes. Por fim, buscam-se horizontes de enfrentamento ao feminicídio desde baixo, ou seja, desde a atuação de redes comunitárias de solidariedade entre os gêneros, com vistas aos direitos de todos e todas, e a defesa da vida das mulheres cis, trans e travestis especificamente.;
Abstract About 30 years ago the modern/colonial experience of Latin America and the Caribbean region has been marked by an increase in lethal violence against females. This phenomenon is called feminicide, understood here as the murder of cis, trans and transvestite women, committed for reasons of gender, reflecting the structures of the State in Latin America in an interaction between economy, politics, gender and race. Based on this scenario, a research with a qualitative ethnographic approach is presented that analyzes femicide, articulating connections from the local to the global level, based on the experience of subjects in situations of gender violence, more specifically involving the homicide or attempted homicide of cis women, trans and transvestites for reasons of gender, in the municipality of São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brazil. The thesis characterizes femicide as a mechanism of control and terror of States inserted in the logic of the world market and unbridled capitalism. Therefore, femicide is theorized based on concepts such as modernity/coloniality, intersectionality, gender/masculinities, race/whiteness, neoliberalism and necropolitics, based on the production of intellectuals predominantly situated in the Theories of the Global South. The theoretical construct of a continuum of modern-colonial patriarchal violence is proposed, in order to conceptualize a logical scheme of connection between the cycle of violence against the female gender at an interpersonal, institutional level and the historical/global reproduction of a continuum of patriarchal violence of origin colonial that reaches its peak in the neoliberal stage, collecting systematic deaths of cis, trans and transvestite women in Latin America. Since this is a delicate and distressing research topic, implications and ethical procedures for researchers and participants are also discussed, seeking ethical and methodological procedures that value safety and minimization of harm, as well as promoting benefits to all participants. In this sense, qualitative data production techniques are used, such as participant observation, interviews, requested diaries and self-ethnography. Based on the narratives of cis and trans women with experience or in a situation of gender violence, the theme is approached from interpersonal dynamics and in relation to state services to combat violence against women. From the perspective that the modern-colonial gender system produces agents of death among colonized men, it also seeks to highlight the violent impersonality of femicide crimes that transcends the legal personality of the act and to reference contrasting masculinities in the ethnographic field. Finally, horizons are sought to confront feminicide from below, that is, from the action of community networks of solidarity between genders, with a view to the rights of all men and women, and the defense of the lives of cis, trans and transvestite women. specifically.;
Palavras-chave Feminicídio; Transfeminicídio; Violência de gênero; Masculinidades; Masculinidades; Redes comunitárias; Femicide; Transfemicide; Gender violence; Masculinities; Community networks;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Humanas::Sociologia;
Tipo Tese;
Data de defesa 2023-04-14;
Agência de fomento CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12801;
Programa Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais;


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