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Mundos entrelaçados: relações de fronteira nos confins meridionais do império espanhol (período colonial tardio)

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Autor Silva, Juliana Aparecida Camilo da;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/4438304717745672;
Orientador Martins, Maria Cristina Bohn;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/5651326902924392;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola de Humanidades;
Idioma pt_BR;
Título Mundos entrelaçados: relações de fronteira nos confins meridionais do império espanhol (período colonial tardio);
Resumo Em meados do século XVIII havia grandes porções do Império espanhol nas Américas que estavam controladas por índios não submetidos à Coroa espanhola. Tais espaços ficaram conhecidos como “fronteiras”, e se constituíram em fonte de preocupação dos administradores bourbônicos. Estes últimos inquietavam- se tanto com os indígenas independentes, quanto com ataques de países estrangeiros nestas regiões. Em tais circunstâncias, o Império buscava expandir seus territórios, bem como controlar os nativos com diferentes políticas, tais como: missões, tratados e a inserção de militares. Este trabalho tem por objetivo investigar uma destas fronteiras coloniais: a Pampa bonaerense em meados do século XVIII e início do século XIX, período conhecido como colonial tardio. Após uma experiência missioneira “malsucedida”, edificada pelos padres jesuítas, em 1752 a Coroa optou pela “guerra defensiva” na campanha bonaerense e construiu uma série de fortes e fortins com o intuito de conter os ataques dos índios “pampas e serranos”. Nesta pesquisa, me valerei destes fortes como espaços para investigar os processos de contato ali operados, dando ênfase a atuação de diferentes agentes, principalmente indígenas, como parte essencial destes mesmos processos. Nestas locais chegavam índios de diferentes grupos que buscavam, entre outros fatores, permissão para intercambiar seus produtos na cidade de Buenos Aires; também era dali que saíam as expedições espanholas para a tierra adentro. Em torno das fortificações muitos caciques chegavam com seus toldos e se instalavam com suas famílias. Estes fortes faziam parte de uma realidade maior que era a da fronteira, e, por isso, não são considerados aqui como zonas de contenção, imposição e regulamentação, pois se constituíam, de fato, em pontos de encontro de pessoas e, sobretudo, espaços de intercâmbios materiais e simbólicos. Por isso, denominamos aquela zona de “fronteira agenciada”, uma vez que, eram os agentes que davam sentido, que atuavam de distintas maneiras naquele ambiente, eles que o conduziram, que estabeleceram meios para viver naquele lugar, que recriaram, reproduziram e criaram conformações culturais. Por este motivo, a fronteira agenciada se converte no locus ideal para analisar as “relações interculturais”. A metodologia para este trabalho será de leitura da literatura de referência e da pesquisa em fontes primárias.;
Abstract In the middle of the 18th century there were large portions of the Spanish Empire in the Americas that were controlled by Indians not subject to the Spanish Crown. Such spaces became known as “frontiers”, and constituted a source of concern for bourbon managers. The latter were concerned both with independent indigenous people and with attacks from foreign countries in these regions. In such circumstances, the Empire sought to expand its territories, as well as control the natives with different policies, such as: missions, treaties and the insertion of the military. This work aims to investigate one of these colonial frontiers: the Pampa Bonaerense in the mid-eighteenth and early nineteenth centuries, a period known as late colonial. After an “unsuccessful” missionary experience, built by the Jesuit priests, in 1752 the Crown opted for the “defensive war” in the Buenos Aires campaign and built a series of forts and forts in order to contain the attacks of the “Pampas and Serranos” Indians. In this research, I will use these forts as spaces to investigate the contact processes operated there, emphasizing the performance of different agents, mainly indigenous people, as an essential part of these same processes. Indigenous people from different groups arrived in these places, seeking, among other factors, permission to exchange their products in the city of Buenos Aires; it was also from there that the Spanish expeditions to the land departed. Around the fortifications many caciques arrived with their awnings and settled with their families. These forts were part of a larger reality that was that of the border, and, therefore, they are not considered here as areas of containment, imposition and regulation, as they constituted, in fact, meeting points for people and, above all, spaces of material and symbolic exchanges. For this reason, we call that zone the “agency frontier”, since it was the agents who gave meaning, who acted in different ways in that environment, they who led it, who established ways to live in that place, who recreated, reproduced and created cultural conformations. For this reason, the brokered border becomes the ideal locus to analyze “intercultural relations”. The methodology for this work will be to read the reference literature and research in primary sources.;
Palavras-chave Fronteiras; Relações interculturais; Índios; Fortes e fortins; Período colonial tardio; Borders; Intercultural relations; Indians; Forts and guards; Late colonial period;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Humanas::História;
Tipo Tese;
Data de defesa 2022-03-30;
Agência de fomento CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12058;
Programa Programa de Pós-Graduação em História;


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