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A função do olhar na captura da obra de arte: aproximações entre Merleau-Ponty e Lacan

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metadataTrad.dc.contributor.author Parreiras, Mônica;
metadataTrad.dc.contributor.authorLattes http://lattes.cnpq.br/5137345418745470;
metadataTrad.dc.contributor.advisor Culleton, Alfredo Santiago;
metadataTrad.dc.contributor.advisorLattes http://lattes.cnpq.br/1692292875405642;
metadataTrad.dc.contributor.advisor-co1 Fleig, Mario;
metadataTrad.dc.contributor.advisor-co1Lattes http://lattes.cnpq.br/7504911408056066;
metadataTrad.dc.publisher Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
metadataTrad.dc.publisher.initials Unisinos;
metadataTrad.dc.publisher.country Brasil;
metadataTrad.dc.publisher.department Escola de Humanidades;
metadataTrad.dc.language pt_BR;
metadataTrad.dc.title A função do olhar na captura da obra de arte: aproximações entre Merleau-Ponty e Lacan;
metadataTrad.dc.description.resumo A presente dissertação propõe-se a investigar a função do olhar na captura da obra de arte tendo como suporte as premissas filosóficas de Maurice Merleau-Ponty e as elaborações psicanalíticas de Jacques Lacan. Com o enlace entre as três áreas do saber: filosofia, arte e psicanálise, pretende-se promover uma aproximação entre os autores em questão, uma vez que mantiveram uma interlocução profícua interrompida na época pela morte prematura de Merleau-Ponty. Ademais, ambos abordaram a dependência do visível em relação àquilo que nos põe sob o olho que vê colocando em cena a fascinação. Sendo assim, tanto o artista quanto o espectador/contemplador podem ser capturados pelo olhar e, por isso, como função do olhar defende-se a tese de que está a serviço de desviar o sujeito do vazio que o constitui atuando como engodo à castração. Para tal, este estudo baseia-se em revisão bibliográfica dos teóricos e nas reflexões da autora apoiadas nas obras dos pintores Paul Cézanne e Claude Monet, além de alguns dados biográficos que corroboram a relação deles com a pintura bem como, algumas fotografias que vão além do valor ilustrativo, mas complementam o texto. No decorrer da dissertação, evidencia-se que o fazer artístico desses pintores, mesmo pertencendo a movimentos diferentes, tem como eixo a função do olhar enquanto um “belo engodo” de tal modo que no campo escópico, o objeto pode apoderar-se de substância tão evanescente quanto a luz para se apresentar ao sujeito do desejo como olhar. Dessa forma, seja no fazer artístico de Cézanne ou no de Monet a função do olhar está no sentido de um encobrimento da castração, ou seja, ela diz respeito àquilo que distrai e trapaceia o sujeito quanto ao desejo para que se mantenha distante da consequência da articulação entre criação e pulsão de morte. Isso pode ser atestado na tentativa incessante de Monet em captar a luz com seu brilho e seus reflexos, ou na necessidade de Cézanne em retratar a cena tal qual seus olhos viam de modo a cristalizá-la. Finaliza-se assim, com a constatação de que a função do olhar coloca em cena a fascinação do artista, mas também do espectador/contemplador e ambos podem ser desviados do vazio constitutivo da castração com a ilusão da completude como função do olhar na captura da obra de arte.;
metadataTrad.dc.description.abstract This dissertation proposes to investigate the role of the gaze in capturing the work of art, supported by the philosophical premises of Maurice Merleau-Ponty, and the psychoanalytic elaborations of Jacques Lacan. With the link between the three areas of knowledge: philosophy, art and psychoanalysis, it is intended to promote a rapprochement between the authors in question, since they maintained a fruitful dialogue interrupted at the time, by the premature death of Merleau-Ponty. Furthermore, both addressed the dependence of the visible in relation to what puts us under the seeing eye, bringing fascination into play. Thus, both the artist and the spectator/contemplator can be captured by the gaze, and therefore, as a function of the gaze, the thesis is defended that it is at the service of diverting the subject from the void that constitutes him, acting as a decoy to castration. To this end, this study is based on a bibliographical review of theorists, and on the author's reflections supported by the works of painters Paul Cézanne and Claude Monet, as well as some biographical data that corroborate their relationship with painting, as well as some photographs that go beyond the illustrative value, but complement the text. During the dissertation, it is evident that the artistic work of these painters, even belonging to different movements, has as its axis the function of the gaze as a “beautiful decoy”, so that in the scopic field, the object can take over a substance as evanescent as light, to present itself to the subject of desire, like looking. In this way, whether in Cézanne's or Monet's artistic work, the function of the gaze is in the sense of covering up castration, that is, it concerns what distracts and cheats the subject about desire, in order to keep away from consequence of the articulation between creation and the death drive. This can be attested to Monet's relentless attempt to capture light with its glare and reflections, or Cezanne's need to portray the scene as his eyes saw it in order to crystallize it. This concludes with the observation that the function of the gaze brings into play the fascination of the artist, but also of the spectator/contemplator, and both can be diverted from the constitutive emptiness of castration with the illusion of completeness, as a function of the gaze in capture of the artwork.;
metadataTrad.dc.subject Olhar; Merleau-Ponty; Lacan; Cézanne; Monet; Gaze;
metadataTrad.dc.subject.cnpq ACCNPQ::Ciências Humanas::Filosofia;
metadataTrad.dc.type Dissertação;
metadataTrad.dc.date.issued 2022-03-29;
metadataTrad.dc.description.sponsorship Nenhuma;
metadataTrad.dc.rights openAccess;
metadataTrad.dc.identifier.uri http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11351;
metadataTrad.dc.publisher.program Programa de Pós-Graduação em Filosofia;


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