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O argumento cosmológico de Tomás de Aquino: uma defesa contemporânea da racionalidade da crença teísta

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Autor Silva, Izaias Bernardo Monteiro da;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/8811059068556190;
Orientador Silveira, Matheus de Mesquita;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/1820919378157618;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola de Humanidades;
Idioma pt_BR;
Título O argumento cosmológico de Tomás de Aquino: uma defesa contemporânea da racionalidade da crença teísta;
Resumo O problema da existência de Deus é uma das questões mais fundamentais da filosofia. A dúvida sobre a realidade divina pode gerar inquietação tanto para o teísta quanto para o ateu, levando à busca por respostas racionais. No contexto da tradição filosófica ocidental, Tomás de Aquino desenvolveu um dos mais influentes argumentos em defesa da existência de Deus: o argumento cosmológico. Fundamentado na metafísica aristotélico-tomista, esse argumento busca demonstrar, a partir da observação do mundo sensível, a necessidade lógica de um Ser Necessário, causa última de tudo o que existe. A pesquisa tem como objetivo analisar criticamente o argumento cosmológico tomista, suas bases metafísicas e sua relevância na filosofia da religião. Para isso, o estudo aborda a metafísica do ato e potência, que sustenta sua estrutura, e examina as três primeiras vias apresentadas na Suma Teológica e na Suma contra os Gentios, que tratam do movimento, da causalidade eficiente e da contingência e necessidade. Além disso, investiga os principais atributos divinos decorrentes dessa demonstração, como simplicidade, eternidade, onipotência, onisciência, bondade, imutabilidade e causalidade criadora, mostrando sua compatibilidade com a tradição teísta cristã. O estudo também analisa críticas ao argumento cosmológico, especialmente as formuladas por Immanuel Kant, Bertrand Russell e Anthony Kenny, que questionam a validade da inferência de um ser necessário a partir da experiência sensível. Essas objeções são confrontadas com defesas contemporâneas, como as de Reginald Garrigou-Lagrange, Cornélio Fabro e William Lane Craig, que reafirmam sua coerência filosófica e compatibilidade com descobertas científicas recentes. Metodologicamente, a pesquisa segue uma abordagem bibliográfica e analítica, tomando como referência as obras de Tomás de Aquino e de autores contemporâneos. Mesmo após séculos de debate, o argumento cosmológico permanece influente na defesa da existência de Deus. Conclui-se que a estrutura argumentativa tomista continua válida e fornece uma base racional sólida para a crença teísta, demonstrando que fé e razão não são excludentes, mas complementares na busca pela verdade última. Sua permanência como objeto de estudo na contemporaneidade justificase pela solidez de sua base metafísica e pela sua capacidade de dialogar com questões filosóficas e científicas atuais, oferecendo uma resposta racional ao problema da origem e da contingência do universo, em sintonia com a tradição teísta e aberta ao debate interfilosófico.;
Abstract The problem of God’s existence is one of the most fundamental questions in philosophy. Doubt regarding divine reality can create unease for both the theist and the atheist, prompting the search for rational answers. In the context of the Western philosophical tradition, Thomas Aquinas developed one of the most influential arguments in defense of God’s existence: the cosmological argument. Grounded in AristotelianThomistic metaphysics, this argument seeks to demonstrate, from observation of the sensible world, the logical necessity of a Necessary Being as the ultimate cause of all that exists. This research aims to critically analyze Aquinas’s cosmological argument, its metaphysical foundations, and its relevance to the philosophy of religion. It examines the metaphysics of act and potency that underpins its structure and explores the first three ways presented in the Summa Theologiae and the Summa contra Gentiles, which address motion, efficient causality, and contingency and necessity. Furthermore, it investigates the main divine attributes inferred from this demonstration—such as simplicity, eternity, omnipotence, omniscience, goodness, immutability, and creative causality—showing their compatibility with the Christian theistic tradition. The study also considers major criticisms of the cosmological argument, especially those raised by Immanuel Kant, Bertrand Russell, and Anthony Kenny, who question the validity of inferring a necessary being from empirical experience. These objections are confronted with contemporary defenses, including those by Reginald Garrigou-Lagrange, Cornelio Fabro, and William Lane Craig, who reaffirm the argument’s philosophical coherence and its compatibility with recent scientific findings. Methodologically, the study follows a bibliographical and analytical approach, drawing from the works of Aquinas and contemporary authors. Even after centuries of debate, the cosmological argument remains influential in defending the existence of God. It concludes that the Thomistic argumentative structure remains valid and provides a solid rational foundation for theistic belief, demonstrating that faith and reason are not mutually exclusive but complementary in the search for ultimate truth. Its continued relevance today is justified by the solidity of its metaphysical foundation and its capacity to engage with contemporary philosophical and scientific questions, offering a rational response to the problem of the origin and contingency of the universe, in harmony with the theistic tradition and open to interphilosophical dialogue.;
Palavras-chave Deus; Argumento cosmológico; Tomás de Aquino; Metafísica; Filosofia da religião; God; Cosmological argument; Thomas Aquinas; Metaphysics; Philosophy of religion;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Humanas::Filosofia;
Tipo Dissertação;
Data de defesa 2025-04-15;
Agência de fomento Mitra Arquidiocesana de Cuiabá;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13786;
Programa Programa de Pós-Graduação em Filosofia;


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