Resumo |
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, criado em 1838, no Rio de Janeiro, cumpriu o papel de promover a construção de uma história nacional. Além dos laços que mantinha com a elite econômica e intelectual do Rio, a partir da década de 40, o IHGB estreitou sua ligação com o Imperador D. Pedro II, não somente através do amparo financeiro, mas da presença frequente do monarca nas sessões do Instituto. Também data deste período o início de um importante movimento para a literatura brasileira, o romantismo, fortemente vinculado com o indianismo. Esse trabalho aborda o projeto imperial, que, através do IHGB, visava à formação de identidade nacional e à criação de uma memória que deveria ser a base de uma história oficial do país, favorecendo, desta forma, a consolidação de nossa monarquia tropical. Considerando os objetivos deste projeto do Império brasileiro, apresentamos e discutimos as evidências da presença do movimento indianista nas edições da Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro nas décadas de 30 a 50 do século XIX, com o propósito de analisar o tratamento dado à questão indígena pela intelectualidade brasileira do período. Para fundamentar a pesquisa, recorremos à bibliografia de referência sobre a temática e ao acervo de periódicos do IHGB, que disponibiliza os números da Revista do Instituto publicados desde sua criação até os dias atuais.; |