Resumo |
O presente trabalho visa refletir sobre os conceitos de propriedade privada que circulavam no contexto cultural do século XIX europeu, bem como, os conflitos e as leis de terras presentes no cenário histórico do Rio Grande do Sul neste mesmo século. O objetivo é identificar a possível relação que se tem entre esses conceitos e quais as práticas indigenistas ocorridas nesse período, especificamente no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A temática deste trabalho surgiu a partir da leitura do livro Contribuição para a crítica da economia política, de autoria de Karl Marx, 1859, que, em seus escritos discute e refuta a ideia de propriedade privada que Adam Smith teorizou no campo da economia e política no século XVIII. A partir dessa dialética, revisando a bibliografia referente a grupos indígenas do Rio Grande do Sul e a expropriação dos mesmos, surgiu a ideia de investigar a possibilidade dos conceitos liberais e capitalistas de Adam Smith terem norteado e influenciado o Estado, a sociedade e os imigrantes que aqui chegaram, contribuindo para a dificuldade na relação com os grupos indígenas que não se adequavam as novas leis no que diz respeito à apropriação de terras.; |