Resumo:
Esta dissertação de Mestrado tem como tema A Quarta Revolução Industrial e o Papel dos Sindicatos. O novo período revolucionário industrial deve ser tratado de forma global, pois os efeitos atingem a todas as sociedades, vez que, é um fenômeno dinâmico e não tem um berço definitivo, as tecnologias se fundem naturalmente e se propagam em inovações cada vez mais eficazes, independentemente de suas naturalidades. Nesta linha de raciocínio, é hora das categorias econômicas e profissionais caminharem em direção ao mesmo horizonte. No entanto, no que diz respeito ao mercado de trabalho, este apresenta volatilidade, efemeridade, sofre domínios do mercado corporativista e interferências externas das tecnologias emergentes. Cabe, portanto, neste contexto, um trabalho árduo de pesos e contrapesos, no sentido de que empresas e sindicatos reduzam a marcha da rivalidade, causando menos desemprego tecnológico criados pelo avanço desenfreado das tecnologias da Quarta Revolução Industrial. Portanto, trata-se de um assunto atual, real, social e econômico. A taxa de desemprego no Brasil tem sido exageradamente expressiva, principalmente a partir da primeira década do século XXI. Várias são as causas contributivas para esse fenômeno, todavia, a mais significativa tem sido aquela derivada da automação industrial. Poderá haver também divergências entre sindicatos durante às negociações coletivas, o que inviabiliza o setor produtivo, neste caso, haverá possível redução da mão-de-obra a curto prazo. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo estudar os impactos da Quarta Revolução Industrial e o Papel dos Sindicatos. Na elaboração deste trabalho adotouse diferentes procedimentos metodológicos: análise de dados, gráficos, estatísticas, todos oriundos da mesma fonte (IBGE); leituras de livros e periódicos, mais entrevistas e debates enriqueceram a pesquisa, entretanto, a combinação do empirismo com o pragmatismo parece ter sido fundamental para a efetivação deste trabalho. Quanto aos resultados, num primeiro viés encontrou-se duas importantes correntes: a primeira, mais otimista, entende que na implantação de máquinas com inteligência artificial, inicialmente haverá um número significativo de desempregados, mas haverá uma recuperação, a médio e longo prazo, com a geração de novos empregos mais qualificados. A outra corrente, mais pessimista, admite que o desemprego é inevitável, conquanto não há condições de um ser humano competir com um robô, por exemplo. Portanto, o saldo sempre será negativo e crescente no mercado de trabalho artificialmente inteligente. Noutro viés surgiram outras posições, mas não tão diferentes das anteriores. Todavia, notou-se um sentimento comum alojado no tecido social brasileiro, ou seja, o medo de que na família - pai, mãe e filhos - não encontrem mais empregos nas suas respectivas áreas de estudos. Diante da natureza dos fatos é imprescindível buscar-se caminhos de equalização para se evitar mudanças desnecessárias no modelo econômico e desigualdades ainda maiores entre as classes trabalhadoras. É hora de muita solidariedade e cooperatividade, o novo modelo de trabalhador necessita de conhecimento e muito treinamento, dos mais variados tipos, sempre focando às demandas do mercado constantemente em mutação. Colégios e universidades, de regra, não são formadores de mão-de-obra para empresas manufatureiras. Por outro lado, as instituições governamentais também sofrem restrições devido à falta de recursos, além da burocracia exagerada. Assim, ao fim e ao cabo, cabe inferir que os sindicatos devem prosseguir na sua missão secular, pois ensinar, treinar e formar é, sem dúvida, condição sine qua non dos sindicalistas, uma vez que eclodiram e se organizaram oficialmente para prestar serviços às suas respectivas categorias.