Resumo:
Cada vez mais, as empresas multinacionais de Tecnologia da Informação (TI) têm requerido a participação de seus departamentos jurídicos em suas tomadas de decisão. Acontece que as inovações tecnológicas promovidas por elas acarretam em inúmeros desafios, com destaque para aqueles de natureza jurídica, uma vez que o Direito, por suas especificidades, é incapaz de acompanhá-las. Tal incapacidade é particularmente verificada nos países emergentes; isso porque eles não são, em regra, aptos a promover a estabilidade de suas instituições, incluindo os seus sistemas jurídicos. As referidas organizações, então, conferem aos seus departamentos jurídicos o papel de conduzi-las por meio do emaranhado de
indeterminações que daí decorre, donde a importância deles para o seu desempenho (eficácia). Dada essa quebra de paradigma do papel corporativo dos departamentos jurídicos - que passaram a ser, pois, constantemente demandados a abdicar de sua vocação consultiva para se tornarem também propositivos - bem como as peculiaridades da TI, torna-se importante a identificação de qual seja a capacidade dinâmica essencial para que eles atinjam o seu objetivo: gerar vantagens competitivas para as empresas nas quais inseridos.