Resumo:
O presente trabalho investigativo objetivou conhecer procedimentos de auto-avaliação empreendidos pelo UniCEUB (Centro Universitário de Brasília) para melhor qualificarmos processos avaliativos e assim incentivar seu desenvolvimento. Envolveu três Cursos da Instituição e seus coordenadores e teve como enfoque central, além de compreender as dinâmicas, sugerir alguns indicadores e ações para a qualificação de seu processo avaliativo. Os principais autores que embasaram o estudo foram: José Dias Sobrinho, Boaventura de Sousa Santos, José de Carvalho Mourão, Paulo Freire, A metodologia utilizada teve enfoque qualitativo, sem desconsiderar dados quantitativos, uma vez que trabalhou mais com o universo dos significados, das compreensões dos dados coletados; utilizou-se também, para ouvir os sujeitos durante processo, de entrevistas semiestruturadas. Centrou as dimensões analíticas em duas direções: a primeira envolvendo os Projetos Pedagógicos do UniCEUB e dos três Cursos investigados, para identificar suas concepções e a segunda, a autoavaliação na sua especificidade. Utilizei-me para complementar os dados de documentos institucionais pertinentes à temática estudada e ouvi o representante do Setor Pedagógico. Estas duas direções sugeriram indicadores conceituais, atitudinais e operacionais, que precisarão ser aperfeiçoados; se localizaram nos primeiros as concepções educativas e avaliativas; nos segundos, os valores defendidos e praticados e nos indicadores operacionais, as ações e os procedimentos adotados. Os resultados obtidos nos permitem vislumbrar algumas possiblidades de avanços sobre o processo avaliativo institucional, não só sugeridos pelos coordenadores e pelos estudos realizados, mas, pela minha percepção como gestor. Entretanto, e ao mesmo tempo, ver e acompanhar uma instituição, como o UniCEUB que, desde 1968, vem mantendo o mesmo ideal empreendedor, de constante desenvolvimento de seu projeto pedagógico, de qualificação de processos de aprendizagem, de constante preocupação na qualificação de colaboradores, me ajudou a enxergar aspectos que por vivermos diuturnamente a Instituição, nem sempre percebemos. Constatei que há alguns traços que são marcas da sua cultura organizacional e vi, também, que há um laço afetivo entre instituição, colegiado e alunado, que precisa ser continuamente cultivado.