Resumo:
Nesse texto encontraremos elementos com os quais o autor tenta expressar sua compreensão sobre o tema desenvolvimento, propondo a Universidade como instância relevante de educação e capacitação em prol da promoção do desenvolvimento social sustentável. Chegamos num momento histórico em que parece estarem-se manifestando efeitos marginais da ação ou da evolução humana sobre suas próprias pré-condicionantes de preservação. Parece, portanto, que essa ação teve em sua dinâmica a influência de um instinto natural de evolução. Como parte do universo, os humanos nos deslocamos no tempo, com diferentes velocidades sociais, deslocando-nos relativa e dispersamente da origem, consumindo energias conforme o grau dos diferentes deslocamentos. Dotados de razão imperativa, criamos associações que reproduzem nossas vinculações naturais ou sociais, em cujo berço tentamos nos proteger enquanto seres naturalmente frágeis. Essas associações ou instituições econômicas que se geram das experiências sociais espaço-temporais de troca (exemplificado nas sociedades arcaicas, na Igreja ou no Estado), ao mesmo tempo que atendem à demanda natural por proteção ou bem-estar social, estabelecem mecanismos objetivos para a preservação das diferenças sociais. Para contextualizar esse fenômeno, sem a pretensão de aprofundá-los ou tratá-los como objetivos centrais do presente estudo, discorre-se nesse texto sobre tópicos como: a evolução e a natureza das coisas; sobre a organização social e a estrutura de poder; sobre o “capitalismo”; sobre o Estado; as religiões e a Igreja; sobre a ética e sobre as instituições. Além disso, tenta-se re-contextualizar a idéia de desenvolvimento, criando-se aproximações aplicadas para os conceitos de economia, desenvolvimento e desenvolvimento sustentável. Da análise das motivações históricas do desenvolvimento; da tipificação do desenvolvimento de diferentes culturas; do papel das diferentes formas de organização e pensamento sobre o desenvolvimento; da relação entre a renda e as 1.478.487 notas semestrais de alunos (1990 – 2007), encontraram-se elementos para crer que: a) o desenvolvimento é humano e é diferente da evolução; b) as variáveis exógenas à consciência, como a força da natureza, ou a dinâmica da renda social, parecem estar na causalidade das motivações das iniciativas e do desenvolvimento econômico; c) a equidade e o desenvolvimento sustentável resultam de ofertas endógenas; d) se a Universidade organizar-se e ofertar-se como uma comunidade com vistas a busca pela verdade, integrando a sociedade diferenciada nessa busca, estará promovendo a liberdade e a equidade social, condições a priori para o desenvolvimento sustentável; e) quando a Universidade deixar de entender as demandas dos contextos socioeconômicos menos privilegiados como campo passivo para o estágio e a assistência social, e priorizar a inclusão de membros desses contextos, com suas ricas experiências, na comunidade de descobertas da Universidade, estará gerando uma ação transformadora e libertadora para os contextos dessas demandas.