Resumo:
Este estudo explora a necessidade de compreender a economia e seus problemas a partir de uma perspectiva moral, para assim conseguir adequadamente avaliar os acontecimentos econômicos, e então promover o desenvolvimento humano. Nosso intendo é demonstrar, através das diversas observações dos escolásticos do século XVI: Luis de Molina, Juan de Mariana e Leonardo Lessio, a impossibilidade de universalizar a definição de monopólio e ao mesmo tempo manter seu conceito sob a luz da razão. Demonstramos a influência e a importância das observações econômicas dos filósofos gregos: Hesíodo, Xenofonte e Aristóteles, assim como dos filósofos medievais: Agostinho de Hipona, Pedro de João Olivi e Tomás de Aquino, no entendimento contemporâneo das ciências sociais e econômicas. Para o estudo dos pensadores da Segunda Escolástica, utilizamos as obras: De iustitia et iure, de Luis de Molina, De monetae mutatione, de Juan de Mariana e De iustitia et iure de Leonardo Lessio. Realizando um comparativo do entendimento de monopólio desses autores, com relação ao que compreenderam como monopólio os modernos: Adam Smith, David Ricardo e Augustin Cournot, assim como os austríacos: Carl Menger, Israel Kirzner e Friedrich Hayek. Concluímos que a necessidade de analisar os problemas econômicos a partir dos fins humanos é impreterível para uma análise econômica racional, destacando esta postura nos doutores da Segunda Escolástica, que demonstram claramente a necessidade de julgar moralmente todas as circunstâncias que englobam a ação monopolística antes de defini-la como justa ou injusta. Estas observações nos apontam, principalmente, a necessidade de compreender que os problemas econômicos são indissociáveis dos problemas da justiça. Dessa forma, se pretendemos perseguir o desenvolvimento econômico social, é necessário percebermos a realidade através dos fins humanos, para então determinarmos, como homens prudentes, qual caminho devemos seguir.