Resumo:
Esta dissertação se propõe a reconstituir o período em que Dom Vicente Scherer esteve à frente da Arquidiocese de Porto Alegre, RS – de 1961 a 1981 –, a partir da análise das posições que assumiu sobre temas como a moral católica, o comunismo e a Teologia da Libertação, as relações entre Igreja e Estado e a Renovação da Igreja Católica. Para tanto, utiliza como fonte os artigos de sua autoria publicados no Boletim Unitas – órgão oficial de comunicação da Arquidiocese de Porto Alegre –, bem como alguns números da Revista Eclesiástica Brasileira, da Revista Vozes e da Revista Veja. A partir do emprego dos conceitos de “estratégia” (BOURDIEU, 1990) e de “margem de manobra” (ROSENTAL, 1998), procura-se relativizar as consagradas visões historiográficas tanto sobre a atuação de Dom Vicente à frente da Arquidiocese, quanto sobre as posições que assumiu diante das profundas mudanças sociais e culturais do período.