Resumo:
O presente trabalho de pesquisa empreende um estudo sobre o comportamento e as práticas familiares dos escravos da Fronteira Oeste do Rio Grande entre fins do século XVIII e princípios do XIX. Para verificar as questões explicitadas, lança-se mão de um conjunto de informações provenientes de um número variado de fontes que vão desde registros de batismos, casamentos e óbitos, passando pelos inventários post-mortem e manumissões. O estímulo principal é o entendimento do funcionamento do trabalho escravo nessa região que se delimitava com o espaço castelhano, cuja economia caracterizava-se pelo predomínio da pecuária. Inicialmente, busca-se mapear a história da região desde a chegada dos primeiros povoadores europeus até a Revolução Farroupilha, analisam-se as atividades produtivas, as faixas de tamanho das escravarias e a evolução da população escrava, observando-se o perfil demográfico desse segmento no período analisado. Enfatiza-se, ainda, que a condição não exportadora da economia local, combinada com a