Resumo:
O objetivo deste trabalho é analisar as narrativas e construções discursivas que os usuários do Programa de Apoio e Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas do Estado do Rio Grande do Sul – PROTEGE realizam sobre si mesmos no âmbito dessa política pública. Para isso, baseia-se em referências teóricas e analíticas sobre as memórias coletivas, a socialização e as identidades. O resultado é uma tentativa por contrapor os anseios e objetivos políticos concretos de uma política pública de proteção sociais com as diferentes problemáticas, anseios e vivências específicas de alguns dos que se têm favorecido com ela. Trata-se de avaliar o PROTEGE não desde a sua prática, senão a partir das perspectivas dos seus usuários, quando estes vão construindo e reconstruindo as suas identidades e memórias e, dessa maneira, resignificam o espaço que lhes tocou vivenciar na sua passagem pelo programa