Resumo:
Esta dissertação é uma crítica epistemológica da linguagem das variáveis, a abordagem quantitativa em sociologia fundada por Paul Lazarsfeld. Ela se destaca das polêmicas anteriormente dirigidas contra a proposta de Lazarsfeld por desenvolver-se não a partir do ponto de vista histórico-interpretativo, mas de uma perspectiva interna à própria lógica dos procedimentos empírico-matemáticos. Seu encaixe analítico será o das condições epistemológicas apontadas pelo trabalho de Galileo Galilei, que permitiram, pela primeira vez na história do pensamento humano, o uso da matemática como linguagem descritiva dos fenômenos empíricos. A falta de tais condições é individuada como a origem de toda dificuldade da linguagem das variáveis e também de toda validade das argumentações contra ela dirigidas