Resumo:
Nesta dissertação, tenho por objetivo problematizar os saberes que constituem o currículo de Fonoaudiologia após a promulgação da Lei 10.436, de 24 de abril de 2002, regulamentada pelo decreto n° 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que oficializou a Língua Brasileira de Sinais e determinou a inserção da LIBRAS como disciplina obrigatória nos cursos de Fonoaudiologia. Para tanto, utilizo como material de análise relatórios de atendimentos fonoaudiológicos, ementas de disciplinas que abordam a surdez e os surdos assim como, as bibliografias mais recorrentemente indicadas e/ou utilizadas nos cursos de graduação em Fonoaudiologia analisados.
Essa pesquisa insere-se em uma perspectiva pós-estruturalista e estabelece relações com os estudos de Michel Foucault. Com base nas ferramentas analíticas utilizadas - discurso e normalização –, delimitei dois movimentos analíticos: “Práticas fonoaudiológicas: relações entre a Língua de Sinais e a normalização dos surdos” e “Surdez e bilinguismo: aproximações e rupturas no cur