Resumo:
A presença de mecklenburgueses nas Colônias Alemãs do Rio Grande do Sul/Brasil gerou controvérsias na historiografia. Os mais “conservadores” admitem que os mecklenburgueses chegaram “antes de 1824”, “estabeleceram-se em Santa Catarina” ou “desapareceram devido a sua conduta imoral”, sem de fato analisar o movimento de seus agentes. Com base nessa premissa, a presente pesquisa dedica-se a estudar a composição, a condição social e as estratégias de um grupo de emigrantes provenientes das Casas de Correção, Trabalho e Penitenciárias do Grão-Ducado de Mecklenburg-Schwerin, estabelecidos no Rio Grande do Sul, a partir da primeira metade do século XIX. Além disso, pretende, a partir da genealogia de algumas famílias de ex-prisioneiros, estabelecidos em São Leopoldo, Três Forquilhas ou São João das Missões, a partir de 1824, sob o qualificativo de colonos, enfocar o estabelecimento de laços familiares e a constituição de redes de parentesco. Trataremos especialmente as relações que se firmaram através das estratég