Resumo:
Este trabalho analisa a violência e a criminalidade que se fizeram presentes na fronteira sul do Brasil, situada à oeste do estado do Rio Grande do Sul, na qual o município de Alegrete ocupou uma função geoestratégica relevante. Nesse sentido trabalhamos com as seguintes hipóteses: a fronteira do Alegrete, durante o período focalizado (1852 a 1864), não esteve marcada apenas pela intensidade dos intercâmbios comerciais e pela paz na política externa. Ela serviu como resistência social aos setores marginalizados da campanha oeste sul-rio-grandense, diante da nova ordem capitalista que se impunha nessa área, com a privatização da terra e dos rebanhos. Sendo assim, ela foi reduto de uma intensa movimentação de pessoas, de violência e de atos criminosos; a fronteira oeste da Província de São Pedro, entre os anos de 1852 a 1864, não foi reconhecida pela população da campanha como um limite às suas ações econômicas e sociais. Essa forma e uso desse território foram reencontrados pelos agentes sociais, caracterizand