Resumo:
O estudo objetivou identificar o que as evidências científicas nacionais retratam sobre a configuração dos processos de decisão sobre a via de parto no Brasil, de modo a contribuir com a produção do conhecimento acerca do que ocorre nas maternidades, sejam elas públicas ou privadas. Para isso, desenvolveu-se uma revisão integrativa de literatura, baseada em estudos realizados acerca do processo de decisão da mulher na escolha da via de parto, conforme as etapas preconizadas por Whittemore e Knafl (2005). A busca e seleção dos estudos ocorreram nas bases de dados LILACS, MEDLINE e Web of Science. Em relação aos resultados, foram incluídos nesta RI 18 artigos, tendo sido feito um agrupamento dos estudos quanto aos tipos de pesquisas, bem como uma categorização temática dos seus conteúdos. O ano das publicações variou entre 2013 e 2021, sendo que a maioria dos autores são da área da enfermagem. A urgência da mudança no cenário do parto, seja ele de qual tipo for, se faz necessária para favorecer o empoderamento das mulheres, para que nesse momento ela não precise lutar, brigar por seus direitos; que esse cenário de autonomia materna seja garantido nas maternidades públicas e privadas. O modelo tecnocrático e hierárquico é hegemônico, sendo que a saúde física e psicológica das mulheres não é o mais relevante nesse modelo. Para os profissionais de saúde, esta pesquisa poderá despertar reflexões acerca das boas práticas no cotidiano dos serviços, apontando lacunas a serem preenchidas com o aprimoramento das condutas, cujo atendimento é desafiador nas condições institucionais postas.