Resumo:
Esta tese tem por objetivo geral analisar e compreender como a Escola Santa Teresinha, fundada em 03 de agosto de 1924, por religiosas da Congregação das Irmãs Missionárias Capuchinhas, a partir de sua organização educacional e pedagógica, contribuiu para a formação histórica e sociocultural de Imperatriz (MA). Entre as fontes que foram utilizadas para alcançar os objetivos específicos estão documentos como os livros de Tombo (de 1926 a 1961), atas, livros de matrículas, livro de visitas ilustres, cartas provinciais dentre outros que estão no acervo da escola e foram disponibilizados para a referida pesquisa. Além dessas fontes as orais também foram fundamentais para acessar as memórias de quem viveu aquela experiência, a fim de compreender como a história da escola se fundiu à história da cidade e se constituiu como elemento fundamental para a sociedade e a cultura imperatrizenses. Para isso, foram entrevistadas sete mulheres que vivenciaram a escola como alunas e também, algumas delas, como professoras. Com essa tese, defendemos a proposição de que, para além de sua contribuição propedêutica, a Escola Santa Teresinha, ao longo do tempo, e através de sua atuação no âmbito didático e pedagógico se relacionou com o próprio tecido social e cultural da cidade, em um movimento de mão dupla, ora trazendo a comunidade para dentro da escola, ora levando seus preceitos para além dos muros escolares, construindo uma relação complexa que foi e tem sido determinante na construção, senão de toda, mas de uma boa parte da estrutura sociocultural e da memória da cidade. Deste modo, foi evidenciado que, no transcorrer do tempo, a escola adentrou a comunidade e essa, em resposta, incorporou a escola como um elemento integrado ao seu corpo social e cultural, estabelecendo uma relação que, embora complexa, tem sido positiva na medida em que se reflete como uma memória social e que se mantém viva na comunidade.