Resumo:
Esta dissertação analisa a percepção dos professores de uma equipe do 5º ano do Colégio Loyola, sobre a prática pedagógica híbrida em tempos de pandemia. Considera-se o contexto de construção de uma nova escola básica, que passou a existir em um ambiente virtual. Essa urgente migração, devido ao covid-19, implicou o enfrentamento de diferentes exigências, que atestaram o valor do trabalho dos professores para a continuidade de um aprendizado que considerasse a pluralidade dos aprendentes. Em um ritmo acelerado, redes de trabalho e trocas de experiências se estabeleceram, fatores que catalisaram movimentos tecnológicos antes não imaginados para um tempo tão curto. O uso do ensino híbrido passou a ser considerado e ao mesmo tempo questionado, uma vez que seus fundamentos previam aulas presenciais, recursos eletrônicos e, principalmente, que os estudantes atuassem ativamente como protagonistas dos processos relacionados ao aprender. Este estudo refere-se a esse processo e buscou responder à seguinte questão: o que os professores do 5º ano do Ensino Fundamental, anos iniciais, têm a dizer sobre o uso do ensino híbrido, a aprendizagem dos educandos e a pluralidade dos aprendentes em tempos de construção de uma nova escola, no contexto virtual de isolamento social, em decorrência do covid-19? Tivemos como objetivo analisar, a partir do olhar dos professores do 5º ano do Ensino Fundamental do Colégio Loyola, a vivência compartilhada com os estudantes, em sua pluralidade, para o alcance dos objetivos previstos pela escola através do uso de aulas virtuais, da proposta de atividades (síncrona e assíncrona) e do ensino híbrido. Trata-se de uma pesquisa de campo de abordagem qualitativa, para qual foi aplicado um questionário a 5 professoras responsáveis pela regência globalizada no ano de 2020, 1 professora de Arte, 2 professores de Música, 4 professores de Educação Física,1 professora de Ensino Religioso e 2 professores de Língua Inglesa, um total de 15 profissionais do Colégio Loyola, escola da Rede Jesuíta de Educação, na cidade de Belo Horizonte. Confirmamos, através das respostas obtidas, a importância de cuidados adicionais com os estudantes frente à vulnerabilidade experimentada e o desenvolvimento de interações mais dialógicas e colaborativas com os discentes. Para além do uso das tecnologias digitais, percebemos a relevância da centralidade dos estudantes em algumas turmas, considerando a pluralidade existente. Registramos essas informações em um diagnóstico que assegurará que a vivência desses tempos não se perca, oportunizando novas análises, exames e observações a partir de sua documentação.