Resumo:
Nesta pesquisa, analisam-se as representações memoriais que as normalistas, egressas do Curso Normal do Centro de Ensino de 2º Grau Graça Aranha, têm sobre a escola e o seu papel na cidade de Imperatriz e na região Tocantina. Utiliza-se, como marco temporal, o final do século XX e início do século XXI. Assim, considera-se estar fundamentada na história do tempo presente, a qual traz para discussão as nuances do Curso Normal. Curso esse que no seu desenvolvimento sob construir especificidade própria, de acordo com as necessidades provenientes de um município maranhense em pleno crescimento econômico. A presente investigação ancora-se nas representações memoriais das egressas, as quais descortinam elementos importantes que vão ao encontro de autores que reconhecem que toda instituição escolar pública, em sua composição, conserva uma organização e estrutura de acordo com as Leis de Diretrizes e Bases Nacional, em vigor, mas que, também, mantém uma vinculação com a sociedade mais ampla na qual está inserida. Nesse movimento, considera-se que as interações e as trocas culturais que aconteceram no Curso Normal do Graça Aranha, traduzidas na teoria e na prática, foram a base de formação pedagógica para que as egressas se tornassem profissionais da educação e se constituíssem sujeitos na tessitura entre a escola e a sociedade. As fontes escritas e as orais contribuíram para emergir a história não apenas do Curso Normal, mas, também, das questões sociais as quais apontaram para a confirmação da tese de que o curso, em questão, oferecido pelo Centro de Ensino Graça Aranha, teve um importante papel no desenvolvimento do Projeto Político Educacional da Região Tocantina especificamente no que tange à formação de professores primários.