Resumo |
Por meio de exemplos reais sobre estruturação societária com utilização da figura da holding é possível verificar que quando a empresa familiar atinge um grande número de membros proprietários é prudente organizar esta estrutura de forma a criar uma holding para cada núcleo, assim cada holding será proprietária de ações/quotas da empresa mãe. Um dos motivos para a implementação desta estratégia é fazer com os assuntos importantes para a administração da sociedade e que serão discutidos na assembleia geral da sociedade mãe sejam discutidos dentro da holding familiar, fazendo com que as discussões entre a família fiquem restritas aquele âmbito. Cada holding elege um representante que irá participar da assembleia geral da empresa mãe, o que resulta em menos pessoas participando desta reunião, o que aumenta as chances de um diálogo efetivo e de apresentações de definições que foram verdadeiramente refletidas e que serão mais detalhadas. Afinal se os herdeiros fossem participantes diretos do quadro societário da empresa mãe, seriam diversos participantes da assembleia geral, o que a tornaria longa e cansativa e aumentaria as chances de ocorrerem desavenças entre os familiares. Tornar a assembleia geral mais enxuta faz com que as informações repassadas ao conselho de administração sejam mais completas e coerentes, facilitando o entendimento deste órgão e consequentemente otimizando sua atuação como gestor da sociedade. Outro benefício é que as discordâncias entre os membros da família ficarão restritos ao ambiente da holding, evitando fofocas entre os colaboradores e investidores, e uma assembleia mais harmônica reflete a ideia de um grupo coeso e confiante das decisões tomadas, o que valoriza a empresa perante os stakeholders. Por auxiliar na perenidade, gestão, organização, transparência e atuação da sociedade mãe, conclui-se que a holding é um instrumento que auxilia na implementação das práticas de governança corporativa na empresa familiar.; |