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Atmosferas: repensando o design a partir de espaços afetivos

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Autor Casanova, Natália;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/1367736468814642;
Orientador Meyer, Guilherme Englert Corrêa;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/0452457026604900;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola da Indústria Criativa;
Idioma pt_BR;
Título Atmosferas: repensando o design a partir de espaços afetivos;
Resumo Você percebe a atmosfera que o envolve neste momento? Ainda que frequentemente passem despercebidas, as atmosferas estão presentes em todas as interações com o meio, afetando profundamente a forma como vivemos, sentimos e atribuímos sentido ao mundo. Mais do que meros cenários, elas se configuram como espaços afetivos, campos imateriais que, mesmo sem contornos fixos, exercem influência direta sobre nossas disposições corporais e emocionais. Esta dissertação parte de uma compreensão fenomenológica das atmosferas como condições relacionais e envolventes da experiência, investigando suas implicações no campo do design, com ênfase no design estratégico, foco desta pesquisa. Embora amplamente explorado em áreas como filosofia, sociologia, arquitetura e urbanismo, o conceito ainda é timidamente incorporado no campo do design. Ao reconhecer o design estratégico como uma abordagem já predisposta à escuta de aspectos sistêmicos e relacionais, esta pesquisa propõe que a atenção às atmosferas pode ampliar e aprofundar as práticas projetuais, ao integrar qualidades afetivas do espaço vivido. A investigação se desdobra em dois movimentos principais: O primeiro propõe uma sistematização conceitual do termo a partir de uma revisão teórica, resultando na formulação de cinco dimensões atmosféricas — presença estendida, tonalidade sensorial, fenômeno relacional, espaço flutuante e experiência corporificada — além de uma definição própria do conceito. O segundo movimento consiste em uma prática empírica exploratória com projetistas, conduzida por meio de uma deriva atmosférica. A experiência buscou sensibilizar os projetistas às atmosferas urbanas que os circundam, ressaltando a necessidade de uma postura projetual situada, encarnada e relacional. Nesse horizonte, o trabalho propõe a noção de lente atmosférica como uma disposição afetiva e crítica, capaz de afinar o designer às atmosferas existentes e, a partir delas, gerar condições para o surgimento de novos modos de habitar o mundo. Essa contribuição se desdobra na proposta de um design atmosférico, que, ao reconhecer o imaterial como matéria projetual, afirma-se como uma prática de orquestração e significação da realidade.;
Abstract Do you perceive the atmosphere surrounding you at this very moment? Although often overlooked, atmospheres are present in every interaction with the environment, profoundly shaping the way we live, feel, and attribute meaning to the world. More than mere backdrops, they emerge as affective spaces — immaterial fields that, even without fixed contours, exert a direct influence on our bodily and emotional dispositions. This dissertation departs from a phenomenological understanding of atmospheres as relational and enveloping conditions of experience, investigating their implications for the field of design, with an emphasis on strategic design, the focus of this research. While widely explored in fields such as philosophy, sociology, architecture, and urban studies, the concept has only timidly entered the field of design. By recognizing strategic design as an approach already attuned to systemic and relational dimensions, this research argues that attention to atmospheres can expand and deepen design practices by integrating the affective qualities of lived space. The investigation unfolds in two main movements: the first develops a conceptual systematization of the term based on a theoretical review, resulting in the formulation of five atmospheric dimensions — extended presence, sensorial tonality, relational phenomenon, floating space, and embodied experience — alongside a definition of the concept itself. The second movement consists of an exploratory empirical practice with designers, conducted through an atmospheric drift. This experience sought to attune designers to the urban atmospheres surrounding them, highlighting the need for a situated, embodied, and relational design posture. Within this horizon, the dissertation proposes the notion of the atmospheric lens as a critical and affective disposition, capable of fine-tuning the designer to existing atmospheres and, from them, generating conditions for the emergence of new ways of inhabiting the world. This contribution unfolds into the proposal of atmospheric design, which, by recognizing the immaterial as design matter, affirms itself as a practice of orchestration and signification of reality.;
Palavras-chave Atmosfera; Design; Espaço afetivo; Relação; Atmosphere; Affective space; Relation;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::Desenho Industrial;
Tipo Dissertação;
Data de defesa 2025-08-27;
Agência de fomento CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13874;
Programa Programa de Pós-Graduação em Design;


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