Resumo:
Hannah Arendt, filósofa-política alemã, de descendência judaica, experienciou o
avanço do nazismo e explicou fenômenos como a massificação e a burocracia, instrumentos utilizados por alguns políticos para dissolver as estruturas sociais e políticas tradicionais, abrindo espaço para a imposição de ideologias totalitárias. Diante disso, a problemática desta pesquisa indaga: como a massificação social e a burocracia produzem e sustentam o totalitarismo? A fim de responder à questão, foi utilizada a metodologia bibliográfica, apoiada principalmente nas obras de Hannah Arendt Origens do totalitarismo (2012), Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal (1999) e A condição humana (2007). Acredita-se que o tema é relevante, uma vez que visa entender questões políticas e sociais passadas e que ainda são pertinentes nos tempos atuais. Além disso, pretendeu-se entender como a massificação acontece, como a burocracia pode ser perigosa, como ambas juntas tornam a sociedade alienada, como a propaganda é fundamental para políticos totalitários, bem como o momento em que o preconceito deixa de ser um padrão de comportamento negativo e torna-se uma arma estatal.