Resumo |
Tendo como contexto a inclusão de pessoas com deficiência no mundo trabalho, a
presente Tese questiona como normativas sobre inclusão no mundo do trabalho e
estatísticas sobre as condições de vida, escolaridade e de inclusão no mundo do
trabalho permitem que visualizemos as condições de jovens e adultos com deficiência
e os posicionemos nesse mundo. E objetiva conhecer, analisar e problematizar a
inclusão de jovens e adultos com deficiência no mundo do trabalho. Para tanto,
investiu-se em análise de dados estatísticos governamentais sobre pesquisas
populacionais, educacionais, do trabalho e institucionais no período de 2010 a 2023 e
de normativas da esfera federal que regulamentam a inclusão no mundo do trabalho
no período de 1989 a 2015. A leitura dos materiais e a problematização desenvolvidas
se dão a partir de uma perspectiva dos estudos foucaultianos. Entre os achados da
pesquisa destaca-se que as pessoas com deficiência apresentam baixo nível de
instrução, o que representa uma das principais limitações para o acesso ao mundo do
trabalho. Além disso, quando ingressam, ocupam majoritariamente cargos que exigem
baixa qualificação, recebem as menores faixas salariais e enfrentam a ausência de
direitos trabalhistas, a informalidade, o preconceito e o estigma. Há um agravamento
dessa precarização em relação às pessoas com deficiência intelectual, que se tornam
ainda mais desiguais dentro do próprio grupo. Essa precarização se intensifica quando
há interseccionalidade entre gênero, renda, raça, idade e nível de instrução. As
normativas inclusivas para o mundo do trabalho e os dados mais recentes sobre a
formação para o trabalho mostram que a educação opera dentro de uma lógica
capacitista, definindo a pessoa com deficiência a partir da incapacidade, o que
contribui para a baixa escolarização. Além disso, as normativas reverberam as
desigualdades e a precarização, colocando a pessoa com deficiência como a única
responsável pela sua inclusão no mundo do trabalho. A formação para o trabalho está
voltada para a inserção da pessoa com deficiência em cargos que não exigem
formação específica, sem visar à sua profissionalização. A Tese defendida os
processos de (in)visibilidades nas políticas públicas e estatísticas reforçam as
desigualdades e a precarização no mundo do trabalho para as pessoas com
deficiência. Quando somadas às intersecções de gênero, raça, idade e tipo de
deficiência, essas desigualdades se agravam ainda mais, constituindo um trabalhador
visto como não produtivo para a sociedade contemporânea.; |
Abstract |
Considering the inclusion of people with disabilities in the labor market, this thesis
questions how regulations on labor inclusion and statistics on living conditions,
education, and employment allow us to visualize the conditions of young people and
adults with disabilities and position them within this context. The objective is to
understand, analyze, and problematize the inclusion of young people and adults with
disabilities in the labor market. To this end, the study relies on the analysis of
government statistical data from population, educational, labor, and institutional
surveys conducted between 2010 and 2023, as well as federal regulations governing
labor inclusion between 1989 and 2015. The reading of these materials and the
problematization developed are based on a perspective of Foucauldian studies.
Among the research findings, it is noteworthy that people with disabilities have low
levels of education, which represents one of the main barriers to entering the labor
market. Furthermore, when they do enter, they predominantly occupy low-skilled
positions, receive the lowest salary ranges, and face a lack of labor rights, informality,
prejudice, and stigma. This precarization is even more pronounced for individuals with
intellectual disabilities, who experience greater inequalities within the group itself. The
situation worsens when intersected with gender, income, race, age, and education
level. The inclusive labor regulations and the latest data on work-related education
reveal that education operates within an ableist logic, defining people with disabilities
through the lens of incapacity, which contributes to low schooling levels. Moreover,
these regulations reinforce inequalities and precarization by placing the sole
responsibility for inclusion in the labor market on the person with disabilities. Vocational
training is primarily aimed at placing individuals with disabilities in low-skilled jobs,
without focusing on their professional development. The defended thesis argues that
the processes of (in)visibility in public policies and statistics reinforce inequalities and
precarization in the labor market for people with disabilities. When intersected with
gender, race, age, and type of disability, these inequalities become even more
pronounced, constructing a worker perceived as unproductive in contemporary society.; Tomando como contexto la inclusión de personas con discapacidad en el mundo del
trabajo, la presente tesis cuestiona cómo las normativas sobre inclusión en el mundo
del trabajo y las estadísticas sobre las condiciones de vida, escolaridad e inclusión en
el mundo del trabajo permiten visualizar las condiciones de los jóvenes y adultos con
discapacidad y posicionarlos en este mundo. Su objetivo es conocer, analizar y
problematizar la inclusión de jóvenes y adultos con discapacidad en el mundo trabajo.
Para ello, invertimos em el análisis de datos estadísticos gubernamentales sobre
investigaciones poblacionales, educativas, laborales e institucionales en el período de
2010 a 2023 y de las normas federales que regulan la inclusión em el mundo del
trabajo en el período de 1989 a 2015.La lectura de los materiales y la problematización
desarollada se realizan desde una perspectiva de la estudios foucaultianos. Entre los
encuntros de la investigación, se destaca que las personas con discapacidad tienem
un bajo nivel de instrucción, lo que representa una de las principales limitaciones para
el acesso al mundo del trabajo. Además, cuando ingresan a el mundo del trabajo,
ocupan puestos que requieren bajas calificaciones, reciben osas menores
remuneraciones y enfrentan la ausencia de derechos laborales, la informalidad, los
prejuicio y el estigma. Esta precarización se agrava en el caso de las personas con
discapacidad intelectual, quienes se ven aún más desiguales dentro del propio grupo.
Esta precariedad se intensifica cuando existe uma interseccionalidad entre género,
ingreso, raza, edad y nivel de educación. Las normativas inclusivas para el mundo del
trabajo y los datos más recientes sobre capacitación para el trabajo muestran que la
educación opera dentro de una lógica capacitista, definiendo a las personas con
discapacidad em función de la incapacidad, lo que contribuye a la baja escolarización.
Además, las normativas reverberan desigualdades y la precariedad, colocando a las
personas con discapacidad como las únicas responsables de su inclusión en el mundo
del trabajo. La formación para el trabajo tiene como objetivo inserción, sin apuntar a
su profisionalizaci[on. La tesis defende que los procesos de (in)visibilidad en las
políticas públicas y las estadísticas refuerzan las desigualdades y la precariedad en el
mundo del trabajo de las personas con discapacidad. Cuando se suman las
intersecciones de género, raza, edad y tipo de discapacidad, estas desigualdades se agravan aún más, constituyendo un trabajador considerado no productivo para la
sociedad contemporánea.; |