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“A literatura serve pra isso [...] pra gente começar a pensar em outras coisas”: práticas de leitura literária com uma turma de Ensino Médio em escola estadual

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Autor Thewes, Jéssica Daiane Levandovski;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/8962496466432290;
Orientador Fronza, Cátia de Azevedo;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/8861465576589134;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola da Indústria Criativa;
Idioma pt_BR;
Título “A literatura serve pra isso [...] pra gente começar a pensar em outras coisas”: práticas de leitura literária com uma turma de Ensino Médio em escola estadual;
Resumo Na contemporaneidade, momento em que jovens estão imersos em mídias digitais e se relacionam de diversas e diferentes formas com os gêneros que circulam nessas mídias, proporcionar o aprendizado efetivo, que proporcione o protagonismo e a autonomia social, se torna um desafio. No Ensino Médio, a literatura é apresentada pela BNCC como um potencial para enriquecer a percepção e a visão de mundo acerca do que se vê e vivencia. Assim, pode-se colocar em questão algumas situações que se circunscrevem no âmbito social e mobilizar-se para transformações que possam corroborar uma sociedade mais justa e igualitária. Entretanto, o percurso da literatura na escola não se mostra favorável e pesquisas apontam para índices baixíssimos de leitura (ROJO, 2009; SARAIVA; KASPARI, 2017). Nesse sentido, Abreu (2004), Rojo (2009) eKaspari (2019)abordam a importância de também ser contemplada, na escola, a cultura valorizada pelos estudantes e a literatura em sua essência. Esse pode ser um ponto de partida para despertá-los para a experiência literária. Com base nesses pressupostos, esta pesquisa buscou identificar e analisar apreciações de estudantes do Ensino Médio sobre práticas de leitura literária, evidenciando o papel dos agentes envolvidos para a formação cidadã. Este estudo é de cunho qualitativo-interpretativista e se vale de princípios da pesquisa-ação. Os dados foram gerados por meio de observações de aulas, do desenvolvimento de uma prática pedagógica e de conversas com um professor de Literatura e seus alunos de uma turma do segundo ano do Ensino Médio, em um colégio estadual da Região Metropolitana de Porto Alegre. A análise se deu de maneira cíclica, a partir dos documentos oficiais voltados à educação no Ensino Fundamental e Médio e dos pressupostos teóricos de Abreu (2004), Cândido (2004), Rojo (2009) Cosson (2016), Saraiva e Kaspari (2017), para identificar o papel da literatura para a formação cidadã; Kleiman (2006), Kleimam e Assis (2016), Soares (2009, 2014) para discutir o letramento como prática social e, na sequência, Kersch e Silva (2012) e Kleiman (1995, 2006, 2014), para refletir sobre agências e agentes de letramento; Cosson (2016) e Riter (2009), para discorrer acerca de propostas metodológicas para a abordagem da literatura na escola e, por fim, considerou-se os postulados de Bakhtin (2003, 2006), Rojo e Barbosa (2015), para compreender a composição dos gêneros discursivos e seu impacto social. Esta pesquisa revelou a escola como um espaço para o desenvolvimento da Educação Crítica por meio das leituras possibilitadas pela disciplina de Literatura. Alguns alunos apresentam engajamento em leituras de diversos gêneros, dentro e fora da escola, embora revelem os desafios encontrados para ler, principalmente a falta de tempo. Outros estudantes relatam a preferência pela leitura literária de obras antigas e contemporâneas. As atividades das quais Formapreferem participar são as que lhes possibilitam o protagonismo e a autonomia para que possam ser autores sociais. Por fim, destaca-se como fundamental o papel do professor enquanto mediador dessas práticas, sendo, juntamente com seus alunos, agente do processo de ensino e aprendizagem. Neste contexto, a literatura é relevante e potente para abordar questões emergentes no contexto dos alunos, que se assumiram como sujeitos críticos e descobridores de suas próprias histórias.;
Abstract In the contemporary, when young people are immersed in digital media and relate in many ways with the genres that circulate in these media, providing effective learning that provides protagonism and social autonomy becomes a challenge. In High School, literature is presented by the BNCC as a potential to enrich the perception and the worldview about what is seen and experienced. Thus, it is possible to question some situations that are circumscribed in the social sphere and to mobilize for transformations that may corroborate a more just and egalitarian society. However, the course of literature in school is not favorable and research points to very low rates of reading (ROJO, 2009; SARAIVA; KASPARI, 2017). In this sense, Abreu (2004), Rojo (2009), and Kaspari (2019) address the importance of also contemplating, in school, the culture valued by students and literature in its essence. This can be a starting point to awaken them to the literary experience. Based on these assumptions, this research sought to identify and analyze the appreciation of high school students about literary reading practices, highlighting the role of the agents involved in the formation of citizenship. This is a qualitative-interpretativist study, based on the principles of action research. The data were generated by class observations, the development of a pedagogical practice and conversations with a Literature teacher and his students in a second-year high school class, in a state school in the metropolitan region of Porto Alegre. The analysis took place in a cyclical manner, based on official documents focused on education in Elementary and High School and on the theoretical assumptions of Abreu (2004), Cândido (2004), Rojo (2009) Cosson (2016), Saraiva and Kaspari (2017) to identify the role of literature for citizen formation; Kleiman (2006), Kleimam and Assis (2016), and Soares (2009, 2014) to discuss literacy as a social practice and, in sequence, Kersch and Silva (2012) and Kleiman (1995, 2006, 2014) to reflect on literacy agencies and agents; Cosson (2016) and Riter (2009) to discuss methodological proposals for the approach of literature in school and, finally, we considered the postulates of Bakhtin (2003, 2006) and Rojo and Barbosa (2015) to understand the composition of discursive genres and their social impact. This research revealed the school as a space for the development of Critical Education through the readings, made possible by the subject Literature. Some students present engagement in readings of several genres, in and out of school, although they reveal the challenges encountered to read, mainly the lack of time. Other students report a preference for literary reading of old and contemporary works of current character. The activities they prefer to participate in are the ones that allow them to be protagonists and autonomous, so that they can become social authors. Finally, the teacher's role as a mediator of these practices is Formafundamental, being, with his students, an agent in the teaching and learning process. In this context, literature is relevant and powerful to address emerging issues in the context of the students, who have assumed themselves as critical subjects and discoverers of their own stories.;
Palavras-chave Escola; Educação emancipatória; Linguagem; Leitura; Literatura; School; Emancipatory education; Language; Reading; Literature;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Lingüística, Letras e Artes::Lingüística;
Tipo Dissertação;
Data de defesa 2021-02-26;
Agência de fomento CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9685;
Programa Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada;


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