Resumo:
Optar pela investigação comunicacional de um objeto que galgou seus primeiros passos dentro da escola envolvem relações que são marcadas pelos processos de circulação na internet, bem como ações que se manifestam no cenário educacional e político do país. No entanto, esta pesquisa se desenvolve no âmbito dos estudos em midiatização e tem como foco as disputas de sentidos a partir de estratégias comunicacionais entre instituição e atores sociais.
Diante disso, desenvolvemos um estudo de caso midiatizado de natureza comparativa, envolvendo ações comunicacionais do movimento Escola sem Partido (ESP) e do grupo Professores Contra o Escola sem Partido (PCESP), a fim de entender como esses discursos operam sentidos. O processo de análise é realizado a partir de 54 materiais, no período de 2015-2019, através de imagens e vídeos veiculados em sites e Facebook do objeto – constituindo as estratégias que apontam as principais ações comunicacionais em lutas de sentidos.
Contudo, o estudo do corpus se deu a partir de acionamentos teóricos da midiatização propostas por (GOMES, 2016, 2017; FAUSTO NETO, 2010) sendo possível a partir dos apontamentos da circulação (FAUSTO NETO, 2012; FERREIRA, 2013; VERÓN, 2012) a qual afeta o discurso imagético (ROSA, 2013, 2016) e os circuitos (BRAGA, 2017, 2012) os quais as ações comunicacionais com as contribuições de (RODRIGUES, 2001); geram diante das disputas/produção de sentidos (VERÓN, 1983).
Os resultados da investigação indicam que tanto o ESP quanto o PCESP desenvolvem ações e processos idênticos, mas também algumas operações diferenciadas. A análise mostra articulações de discursos midiáticos e escolares envolvendo práticas sociais cada vez mais entrelaçadas por operacões de midiatização e ações comunicacionais. Destacamos ainda operações que envolvem aspectos de doutrinação e liberdade de cátedra.