Resumo |
Pacientes podem apresentar alterações hemodinâmicas durante procedimentos de enfermagem e, acreditamos serem mais pronunciadas naqueles criticamente enfermos. Observar se ocorrem alterações hemodinâmicas em pacientes críticos durante o banho de leito e associar à gravidade de acordo com APACHE II. Foi realizado um estudo observacional, exploratório e descritivo, com uma abordagem quantitativa no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre que consistiu no acompanhamento de banhos de leito para verificar a presença de alterações hemodinâmicas em pacientes criticamente enfermos. Foram obtidas informações sobre os parâmetros de freqüência respiratória, pressão arterial média, saturação de pulso de oxigênio e temperatura axilar nos cinco minutos que antecediam o banho de leito, ao término do mesmo e nos próximos quinze e trinta minutos, com a finalidade de identificar o tempo necessário para normalização dos mesmos. Os dados obtidos foram comparados com o índice de gravidade APACHE II. Foram avaliados 57 banhos de leito. A média de idade foi de 53,8±19,1 anos e da duração do banho foi de 23,1±10,2 minutos. As principais causas de internação foram a IRpA seguida de Sepse e, a maioria dos pacientes (61,4%) se encontrava em ventilação mecânica invasiva. O cuidado do banho de leito desencadeou um aumento na FC, porém sem significância estatística. A FR sofreu um aumento sem ser acompanhada por alteração na SAT. A PAM também não sofreu alterações e, a Tax sofreu queda estatisticamente significativa. Conclusão: Pode-se afirmar que a avaliação clínica anterior à realização do cuidado se faz necessária e que, no paciente com sinais hemodinâmicos estáveis prévios ao cuidado, independente da gravidade do paciente, o mesmo não precisa ser protelado. Porém, sugere-se uma nova pesquisa com uma amostra superior para reafirmar os dados encontrados.; |