Durante séculos a cegueira despertou medo e superstição nas pessoas. Conta a história que na antiga Grécia qualquer tipo de deficiência, incluindo a cegueira era denominada de estigma. Uma pessoa com estigma não frequentava locais públicos, eram marginalizados e excluídos do convívio social. Na Idade Média considerava-se um castigo divino. Por outro lado, existiram sociedades que acreditavam que a cegueira era um privilégio, que uma pessoa cega tinha uma visão por dentro e conseguiria enxergar além de outras. Conforme a ciência foi descobrindo os motivos da perda de visão, os mitos foram se desfazendo. Marta Gil, em Deficiência Visual, comenta que no Brasil de 1 a 1,5 por cento da população é portadora de deficiência visual, sendo a maioria com baixa visão; de 3 mil crianças, uma é cega, e que a cada quinhentas crianças, uma tem visão subnormal. A palavra deficiência nos transmite um pensamento de pessoa incapaz.