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Respostas não-conformativas em interações entre médicos/as e gestantes de médio e alto risco: um olhar sobre as ações e implicações dessas respostas

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Autor Dexheimer, Tatiana Dilly;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/0422686993117390;
Orientador Ostermann, Ana Cristina;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/8555609827722273;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola da Indústria Criativa;
Idioma pt_BR;
Título Respostas não-conformativas em interações entre médicos/as e gestantes de médio e alto risco: um olhar sobre as ações e implicações dessas respostas;
Resumo Esta dissertação de mestrado é um subprojeto de um projeto maior, intitulado “A mobilização do saber e do fazer: episteme e deonticidade na fala-em-interação institucional e na conversa cotidiana”. (OSTERMANN, 2016). Investigamos o tema de respostas não-conformativas no português brasileiro como resposta a perguntas polares e perguntas abertas do tipo específicas. O contexto de pesquisa é um hospital do SUS, localizado no sul do Brasil, e as interações gravadas consistem em aconselhamentos genéticos, ecografias obstétricas e morfológicas e ecocardiografias. A análise dos dados é realizada com base no aparato teórico-metodológico da Análise da Conversa. (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974). O objetivo desta dissertação é analisar e descrever as ações e implicações das respostas não-conformativas fornecidas por médicos/as a gestantes de médio e alto risco. Os resultados da investigação mostram que, no contexto investigado, as respostas não-conformativas apresentam características similares as respostas não-conformativas transformativas, indiretas e oracionais descritas em estudos anteriores em outras línguas. (STIVERS, HAYASHI, 2010; WALKER; DREW; LOCAL, 2011; FOX; THOMSPON, 2011). Evidenciamos, contudo, que as respostas transformativas de especificação e substituição geram trabalho interacional maior por parte do respondente, assim como as respostas transformativas de foco e pressuposição. Além disso, identificamos um tipo de resposta não-conformativa não descrita anteriormente na literatura: respostas transformativas que postergam o provimento da informação. Esse tipo de resposta foi identificado tanto como resposta para perguntas polares quanto para perguntas abertas do tipo específicas. Observamos que esse tipo de resposta ocorre em momentos que se revelam como interacionalmente ‘delicados’, tais como, comunicação de más notícias, de risco de morte fetal e de riscos decorrentes de procedimentos. Concluímos que as respostas transformativas que postergam o provimento da informação são uma forma de ajustar a fala levando em consideração o interlocutor e a potencial delicadeza das ações envolvidas naquela sequência interacional. Por fim, entendemos que as respostas transformativas permitem ao interagente resistir às imposições da pergunta e controlar, também, a pauta da interação.;
Abstract This master’s dissertation consists of a subproject of a larger study, entitled “A mobilização do saber e do fazer: episteme e deonticidade na fala-em-interação institucional e na conversa cotidiana”. (OSTERMANN, 2016). It investigates non-conformative answers in Brazilian Portuguese to polar questions and wh-questions, more specifically, specifying questions. All the consultations audio recorded were held at a public health system hospital located in southern Brazil and the interactions consist of genetic counseling, morphological and fetal ultrasound and echocardiography. The data analysis is based on a conversational analytical perspective. (SACKS; SCHEGLOFF; JEFFERSON, 1974). The objective of this dissertation is to analyze and describe the actions and implications of non-conformative answers provided by doctors to moderate and high pregnancy women. The results indicate that non-conformative answers and transformative, indirect and clausal responses present similar characteristics. (STIVERS, HAYASHI, 2010; WALKER; DREW; LOCAL, 2011; FOX; THOMSPON, 2011). However, transformative answers of specification and replacement engender greater interactive work for the respondent, as well as transformative answers of focus and presupposition. Additionally, we have identified a kind of transformative answer that has not been described in the literature yet: transformative answers that postpone the provision of the information. These kind of answers have been identified as answers to polar questions as well as wh-questions on the kind of specifying questions. We have observed that these answers occur in moments that reveal to be interactionally delicate, for instance, delivery of bad news, fetal death risk, and risks arising from medical procedures. We have concluded that transformative answers that postpone the provision of the information are a way to adjust the talk taking into consideration the interlocutor and the potential delicacy of the actions involved in that interactional sequence. Finally, we understand that transformative answers allow the interlocutor to resist to the constraints of the questions and also control the agenda of the interaction.;
Palavras-chave Respostas não-conformativas; Respostas transformativas; Perguntas polares; Perguntas abertas; Análise da conversa; Non-conformative answers; Transformative answers; Polar questions; Wh-questions; Conversation analysis;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Lingüística, Letras e Artes::Lingüística;
Tipo Dissertação;
Data de defesa 2018-06-19;
Agência de fomento CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7290;
Programa Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada;


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