Resumo:
Nos últimos anos, o mercado financeiro nacional vem observando a entrada de instituições financeiras digitais. Este movimento tem provocado uma mudança nos hábitos de consumo de produtos financeiros. As fintechs e os bancos digitais vêm entrando no mercado oferecendo produtos e serviços com alta tecnologia embarcada. O presente trabalho busca trazer uma visão sobre estas mudanças, sustentado na teoria do arranjo desenvolvida por Deleuze e Gattari e explorada por outros pesquisadores como Manuel Delanda, Jon Roffe e Bernardo Figueiredo. De caráter qualitativo exploratório, o estudo entrevistou oito consumidores que possuem uma utilização constante de produtos e serviços digitais. Os resultados destas pesquisas apresentam quais são os elementos que compõem este ambiente complexo e de que forma elementos externos vêm auxiliando seu processo de transformação. Sob a perspectiva acadêmica, o presente trabalho tem por objetivo ampliar as discussões a respeito da teoria do arranjo, demonstrando de que forma ela pode ser aplicada para analisar mudanças nas práticas de consumo. No olhar da empresa, ele fornece informações importantes sobre este processo de transformação dos hábitos de consumo no mercado financeiro, auxiliando as organizações nas tomadas de decisão estratégicas sobre este mercado.