Resumo:
A saúde apresenta enorme desafio de conciliar qualidade com viabilidade financeira. Como premissa, é uma área que demanda fazer mais, com menos recursos e com resultados que podem impactar na vida das pessoas. No Brasil, hospitais de excelência têm iniciativas muito próximas as internacionais de destaque, visando atender requisitos de qualidade elevada, medindo sua performance, como os hospitais da ANAHP (Associação Nacional de Hospitais Privados), mas a principal questão desta pesquisa é em relação a quais indicadores representam melhor a área de atenção hospitalar e poderia ser aplicada para todos perfis de hospitais do país. Os indicadores avaliados neste estudo foram agrupados nas dimensões do BSC (Balanced Scorecard), onde foram considerados processos de gestão e assistenciais, além de aspectos financeiros, recursos humanos e percepção de qualidade pelo cliente. O trabalho propõe, a partir de 7 referências nacionais e internacionais, um conjunto de 30 indicadores, com preocupação de cobrir não apenas processos estratégicos de gestão, mas também assistenciais, menos avaliado em hospitais fora do grupo de excelência. Este conjunto de indicadores foi validado por especialistas em gestão e assistência, não apenas ligados a hospitais de excelência, mas também ao perfil de hospitais identificados como futuros “adopters”, mais prevalente no brasil, como os filantrópicos, na tentativa de explorar a percepção de viabilidade futura de adoção de uma plataforma nacional de bencharming hospitalar. Após validado o conjunto de indicadores, foi apresentado um protótipo não-funcional em uma plataforma tecnológica em ambiente web, disponível no domínio benchealth.com.br e realizada a avaliação sobre a viabilidade de importar estas informações a partir dos Sistemas de Informação Hospitalar (SIH) presentes no mercado e de acordo com o nível de sistematização, com intuito de avaliar a viabilidade de extração destes indicadores.
O resultado deste estudo demonstrou aderência aos indicadores propostos, porém ficou evidente as dificuldades de obtenção de alguns indicadores, principalmente relacionados a processos assistenciais, menos sistematizados nos hospitais. Também entende-se como necessidade futura, avaliar viabilidade de outros indicadores que possuem representatividade em ambientes de excelência e ainda não fizeram parte deste estudo inicial.