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A variação entre os pronomes de primeira pessoa do plural nós e a gente numa amostra da literatura infantojuvenil gaúcha

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Autor Oliveira, Ana Paula Moraes dos Passos de;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/8020474094840529;
Orientador Zilles, Ana Maria Stahl;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/2889678029210552;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola da Indústria Criativa;
Idioma pt_BR;
Título A variação entre os pronomes de primeira pessoa do plural nós e a gente numa amostra da literatura infantojuvenil gaúcha;
Resumo A distância entre o uso do pronome inovador a gente na língua falada e o emprego do mesmo na escrita é amplamente reconhecida. Há várias pesquisas voltadas para o uso de a gente na língua falada, porém, na escrita, o pronome em questão ainda tem sido pouco investigado, particularmente, sob uma perspectiva sociolinguística. Por esse motivo, o presente trabalho visa esclarecer o caminho de entrada do pronome inovador a gente na língua escrita, neste caso, através da produção literária destinada ao público infantojuvenil gaúcho. Dessa forma, pretendo mostrar se houve crescimento do pronome de primeira pessoa do plural a gente, ao longo das décadas de 70, 80 e 90, nos textos de literatura infantojuvenil produzidos no Estado do Rio Grande do Sul. Quanto aos escritores dedicados ao público já referido, ao todo, consultamos dez autores, a saber: Charles Kiefer, Cláudio Levitan, Diana Noronha, Jane Tutikian, Luís Dill, Lygia Bojunga Nunes, Marcelo Carneiro da Cunha, Moacyr Scliar, Sérgio Caparelli e Walmir Ayala. Dentre as várias metodologias de pesquisa possíveis para a análise e geração de dados, adotei, desde o início da pesquisa, o método de quantificação dos dados por possibilitar a comparação entre o novo pronome a gente e o pronome canônico nós no âmbito das variáveis linguísticas e sociais selecionadas para esta pesquisa. Somente assim será possível demonstrar se houve crescimento no que tange ao uso do novo pronome. Além disso, valho-me de trechos das obras consultadas a fim de servirem de exemplos dos casos evidenciados neste estudo. A análise está apoiada na Teoria da Variação e Mudança Linguística de Labov (1972) e leva em consideração a influência de fatores linguísticos e extralinguísticos no condicionamento das formas em variação. Os resultados gerais apontam para um uso efetivo do novo pronome a gente na literatura infantojuvenil gaúcha, como podemos constatar por meio dos resultados obtidos nas rodadas que foram realizadas com o auxílio do Programa Estatístico Varbrul. Verificamos os seguintes contextos linguísticos e extralinguísticos como sendo favorecedores para o uso de a gente na escrita das narrativas: (i) profissão do personagem, (ii) idade do personagem, (iii) tipo de narrador, (iv) classe social do personagem e (v) paralelismo formal. Esse quadro aponta que a mudança que introduz a forma inovadora no sistema pronominal encontra-se em um estágio muito avançado de gramaticalização na amostra de autores da literatura infantojuvenil gaúcha devidos aos altos percentuais e pesos relativos encontrados neste estudo. Por fim, os principais autores que contribuíram para a realização desta investigação foram: Borges (2004), Zilles (2007), Brustolin (2009) e Labov (1972).;
Abstract The distance between the use of the innovative pronoun a gente on spoken language and its usage on written language is widely recognized. There are several researches on what concerns the use of a gente within the spoken language, however, on written language, the referred pronoun has still been little investigated, particularly from a sociolinguistic perspective. For this reason, the current work aims at clarifying the entry path of the innovative pronoun a gente on written language, in this case, through literary production for the gaúcho infant-juvenile public. In view of this, I intend to show if there were a great use of the first-person plural pronoun a gente in infant-juvenile literature produced in the State of Rio Grande do Sul throughout the 70s, 80s and 90s. As for the writers dedicated to the aforementioned public, in all, we consulted ten authors, namely: Charles Kiefer, Cláudio Levitan, Diana Noronha, Jane Tutikian, Luís Dill, Lygia Bojunga Nunes, Marcelo Carneiro da Cunha, Moacyr Scliar, Sérgio Caparelli e Walmir Ayala. Among several research methodologies which could be used for the analysis and generation of date, I adopted, since the beginning of the research, the method of data quantifying for allowing the comparison between the new pronoun a gente and the canonic pronoun nós within the scope of linguistic and social variables selected for this research. Only this way it will be possible to demonstrate if there was growth in the use of the new pronoun. Moreover, I draw from excerpts of the works consulted in order to serve as examples of the cases evidenced in this study. The analysis is supported by the Variation and Change Theory proposed by Labov (1972) and takes into account the influence of linguistic and extra-linguistic factors on the conditioning of the forms in variation. The general results point out to an effective use of the new pronoun a gente on gaucho infant-juvenile literature as we can see from the results obtained in the rounds that were carried out with the help of the Varbrul Statistical Program. We have verified the following linguistic and extra-linguistic contexts as favoring the use of a gente in the writing of narratives: (i) character’s profession, (ii) character’s age, (iii) narrator type, (iv) character’s social class, (v) formal parallelism. This scenery indicates that the change which introduces the innovative form in the pronominal system is at a very advanced stage considering the sample of gaúcho infant-juvenile literature due to the high percentage and relative weights found in this study. Finally, the main authors who contributed to this research were: Borges (2004), Zilles (2007), Brustolin (2009) and Labov (1972).;
Palavras-chave Nós; A gente; Gramaticalização; Sociolinguística; Grammaticalization; Sociolinguistics;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Lingüística, Letras e Artes::Lingüística;
Tipo Dissertação;
Data de defesa 2017-02-23;
Agência de fomento CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/6265;
Programa Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada;


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