Resumo |
O estudo objetivou caracterizar os pacientes adultos atendidos na Consultoria Enfermagem ostomizados e analisar os motivos desta solicitação. Estudo epidemiológico, transversal e retrospectivo, desenvolvido no Serviço de Enfermagem em Saúde Pública do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A amostra compreendeu 122 fichas de solicitação à Consultoria Enfermagem Ostomizados. As variáveis estudadas foram: sexo, idade, diagnóstico médico, tipo de estomia, motivo da solicitação, período cirúrgico da solicitação, profissional solicitante, serviço de Enfermagem solicitante e tempo de resposta da consultoria. Foram feitas análises univariada e bivariada (p≤0,05). Predominou o sexo masculino, 68 (55,7%), média de idade de 51,5 anos, maior de 40 anos, 48 (39,3%), e idosos, 49 (40,2%). Prevalência de câncer de cólon e retossigmóide, 73 (59,8%), sendo que colostomia foi mais frequente, 60 (49,2%). A maioria das solicitações tinha o objetivo da orientação para a alta hospitalar do paciente, 73 (59,8%). Houve predominância de solicitações pelos enfermeiros, 77 (63,1%), do serviço de Enfermagem Cirúrgica, 66 (54,1%). O tempo de resposta da Consultoria Enfermagem Ostomizados foi de 1 a 2 dias, 105 (86,1%). Proporcionalmente, os enfermeiros solicitam mais consultorias por dificuldade em fixar bolsa na estomia, alteração no estoma e/ou pele periestomal e os médicos mais na alta hospitalar. O estudo convida à revisão substantiva das práticas da Enfermagem no atendimento do paciente estomizado no cenário hospitalar, propondo a emergência da qualificação sistemática e permanente das equipes para o cuidado integral que inicia desde o período pré-operatório à alta e continua no acompanhamento ambulatorial na instituição ou fora dela.; |