Resumo:
A pesquisa teve como objetivo analisar como a gestão humanizada promove engajamento de equipes em um banco público, explorando de que forma essa abordagem de gestão é compreendida e implementada pelos gestores. O estudo ressalta que práticas humanizadas no ambiente de trabalho, tais como liderança integral, escuta empática e planejamento, contribuem para a produtividade e satisfação dos empregados. O embasamento teórico aborda a evolução e os princípios da gestão humanizada, que visa criar ambientes de trabalho saudáveis e colaborativos, focados no bem-estar dos empregados, na formação de equipes e em uma liderança positiva. O engajamento dos empregados é analisado como um fenômeno multidimensional, indo além do cumprimento de metas, para abranger o comprometimento emocional e cognitivo. A metodologia empregou uma abordagem qualitativa exploratória, utilizando análise documental e revisão bibliográfica para avaliar a gestão humanizada e o engajamento em um banco público. Os resultados revelam que os gestores do Banco X reconhecem a gestão humanizada como um importante fator para promover engajamento, destacando práticas como comunicação clara, flexibilidade, respeito às individualidades, liderança inspiradora e reconhecimento dos empregados. No entanto, a aplicação dessas práticas é inconsistente e descentralizada, dependendo das iniciativas de cada gestor. Enquanto a instituição possui valores como espírito público, integridade e inclusão, uma definição formal de gestão humanizada não foi identificada nos documentos institucionais, indicando uma lacuna entre a cultura organizacional proposta e sua prática diária. Os respondentes também destacam que, embora o Banco X ofereça treinamentos por meio de sua Universidade Corporativa, esses treinamentos não são aplicados de forma sistemática, com diferenças na implementação prática entre os gestores locais. A avaliação de desempenho é percebida como focada em resultados, sem considerar suficientemente o processo humanizado ou o bem-estar dos empregados. Há uma percepção de que o banco precisa reformular esses processos para refletir práticas mais alinhadas à gestão humanizada.