Anomalias congênitas são alterações estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina e que podem ser detectadas antes, durante ou após o nascimento (SALARI et al., 2022). As fissuras orofaciais são umas das anomalias congênitas mais comuns, sendo as fissuras de lábio e/ou palato as malformações mais graves que afetam a boca e estruturas relacionadas (FUANGTHARNTHIP et al., 2021; NASREDDINE; EL HAJJ; GHASSIBE-SABBAGH, 2021; SALARI et al., 2022; VYAS et al., 2020). As fissuras de lábio e/ou palato ocorrem nos estágios iniciais de desenvolvimento devido à falha ou fusão inadequada dos tecidos e é caracterizada por um distúrbio morfológico que altera as estruturas faciais, com a presença de espaço anormal ou interrupção no lábio superior, alvéolo ou palato, alterando as estruturas faciais e afetando a anatomia e a função dos músculos faciais em graus variados de gravidade (CRÊS; MARQUES; BETTIOL, 2016; SALARI et al., 2022; VYAS et al., 2020). O termo coloquial lábio leporino é muitas vezes utilizado para descrever essa condição, entretanto, seu uso deve ser desencorajado devido à sua conotação depreciativa (VYAS et al., 2020). Os termos fenda labial (FL), fenda palatina (FP) ou fenda labiopalatina (FL/P) são mais apropriados dependendo das estruturas afetadas (VYAS et al., 2020).