Resumo:
A proposta da tese é compreender as estratégias ativistas no design, reconhecendo “ativismo” e “estratégias” como fronteiras do campo de conhecimento na área do design as quais promovemos avanços. Para isto, a tese se desenvolve em três movimentos metodológicos. No primeiro movimento, realizamos revisão de literatura, examinando a) produções científicas sobre Ativismo; b) Design Ativista, Design em que se reconhece características ativistas; e c) estratégias e Design Estratégico, desenvolvendo um marco teórico provisório sobre estratégias ativistas no design. No segundo movimento, realizamos a observação, experimentação e análise das estratégias ativistas no campo empírico em cinco práticas experimentais (Vozes pela Ciência, Afrodite Gorda, A Igreja do Empreendedorismo, Reddit x Bolsa de Valores e os cases “Tudo bem por aí?” e “Tela… Sala de Espera”). A cada prática, as escolhas de métodos qualitativos de produção de informação consideram as suas particularidades em que apresentamos, uma a uma, na forma de relatos que contemplam a) contextualização pertinente; b) esclarecimentos sobre as contingências dadas; c) descrição do evento observado nesta contingência; d) o que a situação revela sobre o agir ativista; e, por fim, e) o desenvolvimento de uma
proposta de estratégias ativistas no design a partir da análise do que as práticas
revelavam o que o foi posicionado no marco teórico. O terceiro movimento adota como método o seminário, levando as argumentações constituídas no primeiro e segundo movimento para debate e reflexão com a) autores brasileiros com produção científica sobre os temas Design e Ativismo e b) indivíduos brasileiros que utilizam o hashtag #designativista entre novembro e dezembro de 2022. Ao final, apresentamos uma retomada geral sobre o percurso destes quatro anos de produção evidenciando
que o está em jogo quando falamos de ativismo no design e nosso argumento final
acerca das estratégias ativistas no design com ênfase na diplomacia e no humor: as
estratégias: são mais que um grito de “basta” e assumem “veja bem” que desacelera
e promove outras visões sobre a situação ativista e causam “estrago”, mas
sorrateiramente, às margens do confronto direto.