Resumo |
A violência é um tema complexo de difícil abordagem, sendo representado um problema de Saúde Pública. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é definida como todo o ato intencional, referente a qualquer Natureza, principalmente fazendo o uso da força física ou do poder (corresponde a intenção do controle sobre as ações do outro) a qualquer grupo desta tipologia (auto infligida, interpessoal e coletiva). (BRASIL, 2019). A violência no local de trabalho, é considerada um novo risco ocupacional, nos serviços de saúde. Assim sendo, os profissionais de enfermagem são os mais vulneráveis por serem a equipe com maior contato com o público. Destaca-se que há risco para a integridade física e psicológica, impactando na vida social e familiar dos colaboradores. Neste contexto, a violência poderia ser evitada tendo em vista que, ao identificar os fatores desencadeantes e qualificar o profissional para enfrentar situações conflituosas com segurança, este seria o primeiro passo a pacificar esta situação. (BARROS, 2016; DAL PAI, 2018; FERNANDES, 2018; FREITAS, 2017). A exposição a qualquer violência gera consequências e neste sentido, as relacionadas ao local de trabalho coloca em risco a qualidade do cuidado, gerando erros e eventos adversos. (BARROS, 2016; DAL PAI, 2018; FERNANDES, 2018; FREITAS, 2017; TSUKAMOTO, 2019). Neste contexto, é importante notificar a violência. No Brasil esse registro é realizado por meio da Notificação Compulsória e pelo SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). A ficha de notificação individual de violência interpessoal e autoprovocada deve ser utilizada pela unidade de saúde notificadora que após o preenchimento, encaminha a mesma para o Núcleo de Vigilância Epidemiológica Municipal. (BRASIL, 2019). Ressalta-se que nem todo o tipo de violência é notificado. A Portaria n.º 204, de 17 de fevereiro de 2016, destaca quais doenças, agravos e eventos serão notificados e geralmente são situações ameaçadoras à saúde pública. No caso de violência extrafamiliar/comunitária são priorizados os casos envolvendo crianças, adolescentes, mulheres, pessoas idosas, pessoas com deficiência indígenas e população LGBT, além da sexual e tentativa de suicídio. (BRASIL, 2016).; |