Autor |
Oliveira, Ágata Morena de Britto; |
Lattes do autor |
http://lattes.cnpq.br/0248921411549552; |
Orientador |
Freire, Karine de Mello; |
Lattes do orientador |
http://lattes.cnpq.br/9308426042161899; |
Co-orientador |
Bentz, Ione Maria Ghislene; |
Lattes do co-orientador |
http://lattes.cnpq.br/6519799563088833; |
Instituição |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos; |
Sigla da instituição |
Unisinos; |
País da instituição |
Brasil; |
Instituto/Departamento |
Escola da Indústria Criativa; |
Idioma |
pt_BR; |
Título |
Banquete metaprojetual: uma experiência de atualização do design como estratégico; |
Resumo |
O design que apresento nesse texto constituiu-se no caminho de construção da tese a partir de umaexperiência de atualização do design como estratégico. Para isso, projetei experiências em que o espaço-tempo foi constituído na comensalidade como processualidade inventiva e comunitária para fomentar o diálogo. Na esteira desses diálogos à mesa, procurei criar condições para que cada sujeito praticante pudesse sentir-refletir-agir em prol de se colocar em questão.Nesse sentido, a mesa é entendida como um artefato-processo destinado à produção de conhecimento, pelo qual os comensais elaboram novas proposições e perguntas. O design é operado pelo metaprojeto por meio dos artefatos-processos. Os artefatos-processos propõem entrelaçamentos e, para isso, são instituídos pelos movimentos da ecologia dos devires em conexão com as nossas funções-intencionalidades da epoché e da proposição. As processualidades instituídas pelos artefatos-processos definem o fluxo metaprojetual e estimulam a constante abertura e adaptação das estratégias ao que segue sendo vivenciado. A relação entre metaprojeto e estratégias procura fomentar processualidades recursivas e de aprendizagem, e possibilita os deslocamentos metaprojetuais. O presente texto tem a intenção de narrar os ciclos de experiências ocorridos com o propósito de vivenciar tais processualidades. Para desenvolver esses ciclos foi necessário um entrelaçamento entre teoria, método, epistemologia, ontologia e experiências. Encontrei na fenomenologia e em seus cruzamentos processuais a estrada que possibilitou as práticas de sentir-refletir-agir sobre os nossos modos de existência. A fenomenologia significa, antes de tudo, reaprender a viver o mundo. É a filosofia do inacabamento, do devir, do movimento constante, em que o vivido se manifesta e é sempre ponto de partida para se chegar a algo. Esses entrelaçamentos constituem o caminho metaprojetual que chamamos aqui de hódos-meta. Essa perspectiva nos propõe uma reversão metodológica instaurada como metaprojeto: transformar o metá-hódos em hódos-metá. Portanto, o metaprojeto não será um caminho (hódos) predeterminado pelas metas dadas pelo ponto de partida. Essa reversão implica não em um método para ser aplicado, mas para ser experimentado e assumido como atitude. A precisão do caminho, desta maneira, está mais próxima aos movimentos da vida, do devir. Portanto, ao afirmar a comensalidade como uma proposição ao design sugiro a abertura a um tipo de receptividade por meio das experiências promovidas com os artefatos-processos. Essas experiências foram propostas para atualizar as potencialidades da vida cotidiana em algo que pode vir-a-ser, em um sentir-refletir-agir sobre os nossos modos de existência. Nessas experiências abrimos a possibilidade do novo que pode constituir-se de ideias, de coisas ou, mesmo, de sentidos. É uma abertura para a especulação que enfatiza o entrelaçamento entre fenomenologia e a processualidade de vertente whitehediana.
Esse movimento, que chamei de devir especulativo, beneficiou-se do entrelaçamento entre a epoché e a proposição. Ele constituiu um caminho do sentir-refletir-agir do design como uma estratégia para especular a respeito das nossas responsabilidades e escolhas nos nossos modos de existência em um presente espesso e, com isso, levar essas transformações aos mundos que a nossa imaginação permite aflorar.; |
Abstract |
The design I present in this text was made throughout the path of building the doctoral thesis from the experience of the realization of design as strategic. With this purpose I have projected experiences in which space-time was composed in commensality, as an inventive procedural of the community, to foment further discussions. In the wake of these discussions by the dining table, I tried to create conditions so that every practicing subject could feel-reflet-act for the sake of being a part of the question. In this regard the dining table is understood as an artifact-process bound to the production of knowledge by which the diners make new propositions and questions.Design here is operated by the metaproject by means of artifacts-processes. The artifacts-processes propose interlacings and, for that, they are laid down by the moments of the ecology of becoming, making a connection with our functions-intents from the ‘epoche' and from the proposition. The procedural set up by the artifacts-processes define the metaproject's flux and encourages the continual opening and adaptation of the strategies to what is being lived. The relationship between the metaproject and the strategies tries to foment learning and recursive procedurals and enables the metaproject displacements.This thesis has the intention to tell the cycles of the experiments that occurred with the purpose of living such procedurals. To develop these cycles, it was necessary an interlacing between theory, method, epistemology, ontology, and the experiences found in phenomenology and in its procedural crossings of the path that made possible the practices of feel-reflet-act of our existential modes. The phenomenology means, above all, to re-learn to live the world. It is the philosophy of the incompleteness, of the becoming, of the constant movement, where what is lived manifests itself and is always the starting point to achieving something. These interlaces constitute the metaproject path that we call ‘hodos-meta'. This perspective proposes a methodological reversal established as metaproject: to convert ‘meta-hodos' in ‘hodos-meta'. Therefore, the metaproject will not be a path (hodos) prearranged by the goals determined at the starting point. This reverse implies not a method to be applied but something to be experienced and taken as an attitude. In this way the precision of the path is closer to the movements of life, of the becoming. Consequently, stating commensality as a proposition to design I suggest the opening of a kind of receptivity by the means of the experiences promoted by the artifacts-processes. These experiments were proposed to update the everyday life potentialities into something that may become, maybe even into feel-reflet-act, regarding our existencial modes. With these experiments we open the possibility to a new mode which may be constituted of ideas, of things, objects or even feelings. It is an opening for speculation which emphasizes the interlacings between phenomenology and the Whitehedian processuality. This moment that I call speculative becoming has profited from the interlacing between ‘epoche' and the proposition. It has formed a path to the feel-reflet-act of design as a strategy to speculate about our responsibilities and choices in our modes of existence, considering the dark situation of the world today. And by doing that taking these transformations to the worlds where our imagination allows us to flourish.; |
Palavras-chave |
Design; Comensalidade; Fenomenologia; Metaprojeto; Artefato-processo; Commensality; Phenomenology; Metaproject; Artifact-process; |
Área(s) do conhecimento |
ACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::Desenho Industrial; |
Tipo |
Tese; |
Data de defesa |
2022-05-20; |
Agência de fomento |
Nenhuma; |
Direitos de acesso |
openAccess; |
URI |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/11779; |
Programa |
Programa de Pós-Graduação em Design; |